De olho na saúde


19 de julho de 2013


*Notícia publicada no Saúde Informa

Dois novos observatórios de saúde iniciam suas atividades na Faculdade de Medicina da UFMG este ano

Importantes instrumentos de vigilância em saúde, os observatórios começam a ganhar mais espaço no cenário de ensino, pesquisa e extensão atual. Em 2013, a Faculdade de Medicina da UFMG se prepara para dar início às atividades do Observatório de Metabolismo e Nutrição (Omenu) e do Observatório em Saúde do Trabalhador de Belo Horizonte.

De acordo com a professora Maria Isabel Corrêa, que coordena o Omenu, o observatório tem, no momento, ações nas linhas de cuidados de crianças, adolescentes e idosos, em cenários ambulatoriais que vão da prevenção ao tratamento. “Ações de extensão, como as dos observatórios, são amplas e visam abranger várias áreas não só de uma forma observacional, mas, essencialmente, atuante. No caso do Omenu é poder contribuir com o aumento do conhecimento na área de nutrição”, explica Maria Isabel.

Ela conta que o Omenu quer repassar ao público a importância da nutrição no metabolismo para o funcionamento do corpo, além da valorização da qualidade de vida para a saúde e a importância do exercício físico. “O estado nutricional do indivíduo é determinante no tratamento de qualquer enfermidade, ademais, ser associado ao surgimento de múltiplas doenças”, esclarece Maria Isabel.

Trabalhador

Já o Observatório em Saúde do Trabalhador de Belo Horizonte será uma parceria entre a Faculdade, por meio do Departamento de Medicina Preventiva e Social (MPS) e da área de Saúde do Trabalhador, e a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da coordenação de Saúde do Trabalhador da Secretaria Municipal de Saúde.

De acordo com o coordenador do observatório, professor Tarcísio Pinheiro,a parceria está sendo articulada, em processo final de aprovação pelas duas entidades. Ele explica que o observatório se propõe a analisar indicadores, identificando problemas, tendências e subsídios para tomadas de decisão a partir de acompanhamento e monitoramento para tomadas de decisão a partir de acompanhamento e monitoramento da situação da saúde do trabalhador em BH.

“A Faculdade de Medicina da UFMG tem tradição histórica de abordar a Saúde do Trabalhador. Esse observatório vem de uma necessidade do país, estado e fundamentalmente do município de BH, e envolverá a equipe técnica da Prefeitura, professores, pesquisadores e alunos da UFMG”, conta Tarcísio.

Incentivo

Tarcísio Pinheiro explica que hoje, no Brasil, há um incentivo por parte do Ministério da Saúde para criação de instrumentos como observatórios, que trabalhem sintonizados com as políticas de vigilância,área que vem se fortalecendo cada vez mais no país.

“Um observatório, criado geralmente em universidades e fundações de pesquisa, está atento a eventos, agravos e situações para identificar, monitorar e direcionar investimentos para melhorar a qualidade da saúde da população”, explica o professor.

Conheça outros observatórios já existentes na Faculdade de Medicina da UFMG:

Observatório de Saúde da Criança e do Adolescente (Observaped)

Desde 2007, é espaço para análise sistemática e permanente de eventos, fatos, evidências e acontecimentos sobre a saúde da criança e do adolescente. O projeto reúne, analisa, difunde e divulga dados e informações
relevantes para decisões setoriais, de universidades, governos e outras instituições, subsidiando políticas públicas de saúde. É uma parceria entre o Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG e a
Secretaria de Estado de Saúde Minas Gerais.

Observatório de Saúde Urbana de Belo Horizonte (OSUBH)

Fundado em 2002, é uma parceria da UFMG com a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte. Tem como objetivos produzir conhecimentos sobre saúde urbana e seus determinantes para subsidiar políticas públicas que impactem na redução das desigualdades urbanas, e qualificar profissionais para atuar na área. Seu principal eixo temático é a promoção da saúde.

Observatório de Recursos Humanos em Saúde

A rede ObservaRH é iniciativa conjunta do Ministério da Saúde e da Representação da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) no Brasil. Integrada à rede, está a Estação de Pesquisa de Sinais do Mercado de Trabalho (EPSM), do Núcleo de Educação em Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina da UFMG (Nescon), criada em julho de 1999. Tem como propósito o monitoramento dos sinais do mercado de trabalho em saúde e o desenvolvimento de metodologias de pesquisa e avaliação na área de recursos humanos em saúde, incluindo aspectos da gestão, formação, regulação profissional e dinâmica dos mercados de trabalho.