Seminário debate formas de erradicar atos discriminatórios na Universidade


16 de maio de 2017


No dia 30 de maio de 2017, das 17h às 19h, será realizado o 2º Seminário Violência e Universidade: a violação de direitos humanos e iniciativas de erradicação de atos discriminatórios, na sala 138, primeiro andar da Faculdade de Medicina da UFMG. Aberto a toda a comunidade, os interessados podem se inscrever no site www.medicina.ufmg.br/seviu, até o dia do evento.

Esta é uma promoção dos colegiados dos cursos de Fonoaudiologia, Medicina e Superior de Tecnologia em Radiologia e da Assessoria de Escuta Acadêmica do Cegrad, com o objetivo de dar continuidade ao diálogo sobre a necessidade do cuidado e de relações mais respeitosas entre a comunidade acadêmica. De acordo com a assessora da Escuta, Maria das Graças Ribeiro, é importante manter o espaço para o diálogo sobre o tema, visando melhorar as relações em nosso ambiente e reforçar o compromisso da UFMG com as atitudes de respeito e valorização das pessoas.

“Nessa edição, o foco é apresentar uma normativa da instituição que condena a violação de direitos humanos e atos de discriminação na UFMG (Res. 09/2016), além de iniciativas institucionais relativas ao cuidado e formação em direitos humanos”, aponta Maria das Graças.  Dentro da programação, ela destaca a apresentação da resolução 09/2016, que normatiza um posicionamento contrário da UFMG sobre a violação de direitos humanos e atos de discriminação.

Segundo a também assessora da Escuta, Patrícia Carneiro, debater a resolução da UFMG é importante porque a Universidade é parte da sociedade e, como nela, aqui também ocorrem situações de desrespeito e violência. Contudo, busca-se implicar os envolvidos, a fim de erradicar tais situações: “A Universidade exerce compromisso social com a formação acadêmica e cidadã, com o fim de todas as formas de intolerância, discriminação e violação de direitos humanos, em busca da construção de uma sociedade mais justa”, afirma Patrícia. “Além disso, repudia toda e qualquer forma de tratamento indigno e discriminatório. É importante que a comunidade acadêmica conheça e discuta esse assunto”, continua.

Programação

O evento contará com a presença dos pró-reitores adjuntos de Assuntos Estudantis e Extensão da UFMG, professores Rodrigo Ednilson e Claudia Mayorga, respectivamente, para dialogar sobre o tema e debater com a plateia. “Cabe destacar que o professor Rodrigo Ednilson foi o presidente da Comissão que elaborou a resolução 09/2016 e é coordenador do Programa de Ações Afirmativas da UFMG”, lembra Maria.

Após as palestras, haverá abertura do debate para os participantes. Maria ainda lembra que a participação, principalmente dos alunos, em eventos como esse tem destaque pela possibilidade de “replicar as informações nos espaços onde estiverem e de viabilizar melhores e mais saudáveis relações entre a comunidade acadêmica”.

Será necessário assinar a lista de presença para a emissão de certificado de participação, a qual também valerá crédito de ACGC/AACC para os estudantes da Faculdade de Medicina da UFMG.

I Seminário Violência e Universidade

As assessoras da Escuta explicam que, embora seja o mesmo tema, o foco do primeiro e do segundo Seminário são diferentes. O primeiro, realizado no final de 2016, tinha objetivo de trazer para a discussão os relatos de alunos sobre desrespeito e violência, assédio moral e sexual, discriminação racial e socioeconômica e outras situações de violência entre os membros da comunidade acadêmica.

“Foi positiva a possibilidade desse diálogo, que proporcionou aos estudantes o conhecimento de que a Escuta Acadêmica, os Colegiados, os DAs e o Napem são canais para essa discussão. E apontou a abertura da instituição para busca de soluções conjuntas diante de conflitos interpessoais”, conta Patrícia. “As pessoas que fizeram relatos foram abordadas pela Escuta com o objetivo de melhor entender as demandas relatadas. Foi identificado que em nenhum dos casos mencionados havia registro formal na Escuta Acadêmica ou nos colegiados, sendo os alunos orientados sobre o procedimento institucional para formalização das queixas”, completa Maria.