Professor fundador do Cememor lança novo livro


15 de outubro de 2024 - , , ,


O professor aposentado do Departamento de Clínica Médica e fundador do Centro de Memórias da Faculdade de Medicina (Cememor), João Amílcar Salgado, lançará no dia 17 de outubro, próxima quinta-feira, o seu livro, intitulado “A Paciente Berenice da Doença de Chagas (2024)”.

O lançamento acontecerá na Av. Antônio Carlos, 6.627 – Campus Pampulha, na Praça de Serviços, sala 28, 2º andar. Apesar do lançamento em BH, o livro já havia sido lançado em Barbacena, no dia 20 de setembro de 2024.

O livro conta a história de uma criança de dois anos de idade, do sexo feminino, chamada Berenice, que no ano de 1909 o médico Carlos Chagas diagnosticou pela primeira vez, a Tripanossomíase Americana, comprovando-a pela correlação entre o quadro clínico inédito e a presença do Tripanosoma Cruzi no sangue circulante. Anos mais tarde, um novo exame aconteceu, e a paciente apresentava saúde normal, sem sinais ou sintomas da Doença de Chagas.

SOBRE O AUTOR

Foto: Arquivo / Faculdade de Medicina da UFMG

Nascido, em 1937, em Nepomuceno, sul de Minas, cidade de que é historiador, com o livro “Nepomuceno – Síntese Histórica (2013)”. João Amílcar Salgado é diplomado em medicina, filosofia e pedagogia pela UFMG. Mestre e doutor em Medicina Tropical e também Professor titular de Clínica Médica pela UFMG. Criador do Centro de Memória da Medicina de Minas Gerais, que inspirou outros por Minas e pelo país. Professor de Semiologia Médica e de Clínica Médica por 25 anos. Autor de pesquisas de clínica, de medicina experimental e de campo, bem como de pedagogia e de história, no Brasil e no exterior. Recém-diplomado, publicou o reencontro da paciente Berenice da doença de Chagas. Líder da celebrada inovação do ensino médico em 1975, com repercussão dentro e fora do país. Autor dos conceitos inovadores do algoritmo das 4 medicinas, trifurcação corporativa, bifurcação semiológica do beribéri, equipe mínima de 3 médicos.

Na doença de Chagas: Valsava, regressão embrionária, acidentes próprios, quilombo e “dormir no cantinho”. Outros: pediatrizaçao curricular, calendário contínuo, medicamento genérico, autoavaliação prospectiva em educação, treinamento em subsetores hospitalares, ensino simulado, módulos de aprendizagem rápida, ensino extramural (especialmente o internato rural), integração discente-atencional, atenção à saúde mental e humanização psiquiátrica, cirurgia ambulatorial, ensino contra- consumista, aprendizagem clandestina e ociosidade da competência. Participou da primeira implantação no Brasil 1) do primeiro marcapasso cardíaco, 2) do cuidado progressivo, com nova estruturação hospitalar e 3) do 1º CTI modelar (OPAS) brasileiro.

Influenciou na redação do capítulo sobre o sistema de saúde da Constituinte e na redação da Declaração de Edimburgo, de 1988. Veemente contestador do setor de Saúde Suplementar. Participou da modernização do tratamento da úlcera péptica e da fundação do Instituto Alfa. Autor dos livros “O Processo de Desenvolvimentocurricular em Educação Médica na UFMG (1976)” e “Ensino de Medicina no Brasil e em Minas Gerais (2013)”, este publicado dentro das comemorações dos 50 anos do curso médico da UNICAMP. 1º especialista brasileiro no estudo comparativo da atenção à saúde no Reino Unido, Canadá e EUA.

Encontrou o primeiro caso de glândula sebácea no esôfago. Editor ou prefaciador de várias obras, especialmente a edição facsimilar do livro histórico “Erário Mineral (1735)”. Autor do capítulo “Riobaldo Embosca Jeca Tatu, de nos Sertões de Guimarães Rosa de Carlos A. Salles (2011)” e do livro ora finalizado “O Estudante de Medicina Guimarães Rosa”. Co-autor de “A Dispesia na História; A História da Dispepsia (2006)”. Editor de vários periódicos também inovadores e autor de outros textos científicos, pedagógicos e históricos. Escreveu o livro de memórias “O Riso Dourado da Vila (2ª Ed. 2020)”, por sugestão de Pedro Nava, seu amigo pessoal. Orador desde a infância e conferencista em 3 outros idiomas no Brasil e no exterior.