Rima Apple, emérita da Universidade de Wisconsin-Madison, discute o papel das mulheres na saúde e na maternidade em conferências na UFMG
18 de novembro de 2025 - IEAT/UFMG, internacional, Palestra, Visita
A professora Rima Apple, emérita da Universidade de Wisconsin-Madison, estará na UFMG em dezembro como convidada do programa Visita Internacional FUNDEP/IEAT. Na universidade, a pesquisadora ministrará duas conferências no Campus Saúde da UFMG, localizado na Avenida Professor Alfredo Balena, 190, no bairro Santa Efigênia, em Belo Horizonte.
No dia 2 de dezembro, das 14h às 16h, ela apresentará a conferência “Learning and Doing Women’s Health: From Patriarchy to Empowerment”, no auditório Maria Sinno, da Escola de Enfermagem da UFMG. Serão emitidos certificados de participação mediante inscrição na plataforma Even3.
Em resumo enviado, Rima Apple explica que as mulheres sempre foram responsáveis pelos cuidados de saúde, mas, até recentemente, esses papéis foram pouco reconhecidos. Como pesquisadora do tema, ela detalha que, durante grande parte dessa história, as mulheres foram vistas meramente como pacientes passivas, e não como participantes ativas dos cuidados de saúde. Contudo, a situação atual é muito diferente.
Na conferência “Aprendendo e praticando a saúde da mulher: do patriarcado ao empoderamento”, Rima Apple pretende traçar o papel histórico que as mulheres desempenharam na formação dos cuidados de saúde, frequentemente como pacientes, mas também como médicas, enfermeiras, parteiras e outras profissionais da área. Durante a apresentação, ela discutirá as circunstâncias sociais, culturais e econômicas que influenciaram essas mudanças drásticas.
No dia seguinte, 3 de dezembro, ela ministrará a conferência “Why Delayed Motherhood? Women’s Decisions, 1910s–2020s”, no auditório Amílcar Vianna (sala 062), da Faculdade de Medicina da UFMG, das 10h às 12h. Também serão emitidos certificados de participação mediante inscrição na plataforma Even3.
Publicações sobre celebridades que dão à luz aos 45 ou 50 anos e relatos sobre os milagres da tecnologia de reprodução assistida são comuns nas redes sociais hoje em dia. Contudo, o fenômeno da maternidade tardia não é exclusivo do século XXI. Rima Apple relatará como muitas histórias do passado descrevem experiências de mulheres que vivenciaram a maternidade tardia, tanto de forma não intencional quanto intencional. Segundo ela, ao longo do século, médicos, comentaristas sociais e demógrafos debateram as razões econômicas, sociais e culturais que explicam a idade materna avançada de uma população. Por outro lado, mulheres que adiaram a gravidez se manifestaram, muitas vezes, defendendo ou justificando suas decisões.
Na conferência “Por que a maternidade tardia? As decisões das mulheres, de 1910 a 2020”, Rima Apple pretende refletir sobre as perspectivas em constante mudança da maternidade tardia e, principalmente, apresentar exemplos de experiências de mulheres que vivenciaram a gravidez na fase madura da vida.
As Faculdades de Medicina e de Enfermagem da UFMG ficam localizadas na Avenida Professor Alfredo Balena, 190, no bairro Santa Efigênia, em Belo Horizonte.
Sobre a convidada
Rima D. Apple é professora emérita da Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos, e doutora em História da Medicina pela mesma instituição. Durante sua carreira, publicou extensivamente sobre a história das mulheres e a história da medicina, da enfermagem e da nutrição. É autora dos livros Perfect Motherhood: Science and Childrearing in America (New Brunswick, NJ: Rutgers University Press, 2006) e Vitamania: Vitamins in American Culture (New Brunswick: Rutgers University Press, 1996), que recebeu o Prêmio Kremers, em 1998, do Instituto Americano de História da Farmácia.
Fabio Amaral de Oliveira Paes – Assessoria de Comunicação – IEAT/UFMG

