Entidades ambientais, movimentos sociais e poder público debatem alternativas ao modelo de mineração

Evento é realizado na Faculdade de Medicina da UFMG, nos dias 13 e 14, pelo Gabinete de Crise Sociedade Civil, no qual o Projeto Manuelzão faz parte


09 de setembro de 2019 - , ,


O rompimento da barragem em Brumadinho ocorreu em 25 de janeiro deste ano. Foto: PM/MG – Fotos Públicas

A mineração é sinônimo de desenvolvimento? Quais são os contrapontos da mineração pela lógica de quem é diretamente atingido pelo seu modelo de atuação? De que forma a política e o poder público contribuem para esse sistema? Essas são algumas das questões do encontro de parlamentares, representantes do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, grupos de pesquisa, além de movimentos ambientais e sociais, nos dias 13 e 14 de setembro, na Faculdade de Medicina da UFMG.

O evento, gratuito e aberto, organizado pelo Gabinete de Crise – Sociedade Civil, em que o Projeto Manuelzão da UFMG faz parte, tem como tema “Na contramão do discurso ideológico da mineração: tragédias e insustentabilidades”. Segundo a organização, o objetivo é “promover o debate, o intercâmbio de experiências em relação à mineração e a apresentação de propostas para tirar Minas Gerais da dependência de um modelo econômico, que por seus desastres humanitários e ambientais, já se provou ineficiente e insustentável”.

Programação

No primeiro dia de programação, o Seminário terá a participação de pesquisadores, comunicadores, membros do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, do Poder Legislativo e protagonistas de desastres e conflitos socioambientais. Eles trarão perspectivas de ameaças causadas pela mineração no estado, sejam econômicas, ambientais ou sociais.

Fechando o evento, no dia 14, acontecerá um Encontro entre comunidades atingidas e vítimas da mineração. O objetivo é a troca de experiências locais para fortalecer a sociedade civil na questão de conflitos como pela água, reassentamento, indenizações e protagonismo das versões públicas do fato, sejam na mídia local ou nacional.

Entre as entidades já confirmadas para o evento estão o Projeto Manuelzão, o Movimento pelas Serras e Águas de Minas, o Fórum São Francisco, o Lei.A, o Ministério Público de Minas Gerais e representantes dos grupos de pesquisa Gesta/UFMG e Poemas/UFJF.

Como participar

O evento é gratuito e aberto à ampla participação da sociedade, moradores de comunidades atingidas por barragens, estudantes, professores, pesquisadores e demais profissionais interessados na temática. Os interessados devem se inscrever pela plataforma online da Sympla.  

Serviço

Seminário e Encontro “Na contramão do discurso ideológico da mineração: tragédias e insustentabilidades”
Data:
13 de setembro – das 13h30 às 21h – Salão Nobre da Faculdade de Medicina da UFMG
14 de setembro – das 8h às 17h30 – Diretório Acadêmico Alfredo Balena (DAAB)
Entrada gratuita: inscrições por aqui.
Acesse a programação aqui.

Gabinete de Crise – Sociedade Civil

O Gabinete de Crise Sociedade Civil (GCSC) representa uma articulação de diversos movimentos sociais, pesquisadores e ativistas políticos do campo ambiental em contraposição ao Gabinete de Estado.

A organização foi criada para reivindicar o controle social das ações desenvolvidas após o ocorrido com a barragem da Vale no município de Brumadinho, afetando a bacia do Paraopeba, em 25 de janeiro de 2019, além do rompimento de Fundão em Mariana na bacia do Rio Doce. O grupo denuncia que o atual modelo de mineração têm levado a repetidos crimes, ligados ao licenciamento, operação e segurança de barragens de rejeitos, em Minas Gerais e no Brasil.

Conheça mais sobre o GCSC, clicando aqui.


Com Assessoria de Imprensa do Projeto Manuelzão