Academia Mineira de Medicina celebra 50 anos e homenageia professora da Faculdade

A professora Dulciene Maria Queiroz recebe a medalha Cícero Ferreira, nome do primeiro diretor da Faculdade de Medicina e um dos responsáveis pela criação dos primeiros hospitais de Belo Horizonte


27 de novembro de 2020 - , , ,


Nesta sexta-feira, 27 de novembro, a Academia Mineira de Medicina (AMM) realiza uma cerimônia para celebrar seus 50 anos, com transmissão online ao vivo, a partir das 20h. No evento, a professora do Departamento de Propedêutica Complementar da Faculdade de Medicina da UFMG, Dulciene Maria de Magalhães Queiroz, será homenageada com a medalha Cícero Ferreira. Ainda se soma à festividade a comemoração dos 70 anos da fundação da Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais.

“Este é um momento de grandes homenagens aos acadêmicos e demais médicos que se destacaram nos últimos anos, dentre eles a professora Dulciene Maria de Magalhães Queirós, que receberá o Prêmio “Cícero Ferreira”, uma láurea oficial da Academia, destinada à autoria de trabalho científico de grande relevância, produzido por médicos não pertencentes à Academia”, afirma o presidente da AMM e professor aposentado do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina, Walter Pereira. 

Ele acrescenta que “os vultos mais importantes da medicina mineira fizeram ou fazem parte da Academia Mineira de Medicina, sendo que grande parte deles são oriundo da Faculdade”.  E que a Instituição tem sido a grande parceira da AMM, participando ativamente de todos os seus eventos.

O diretor da Faculdade de Medicina, professor Humberto Alves, também ressalta esse relação, lembrando-se da relevância do papel da AMM com a orientação e qualificação do ensino e exercício profissional, junto a sua missão em ser guardiã dos valores éticos e profissionais edificados ao longo das gerações:

“A Faculdade de Medicina da UFMG orgulha-se de ter vínculo permanente e umbilical com a Academia Mineira de Medicina, seja em sua criação ou no desenvolvimento e cultivo de seus valores. Dessa instituição de ensino procederam os idealizadores da Academia, 107 de seus membros titulares, integrantes de nosso corpo docente, sendo que, destes, cinco foram diretores da Faculdade e, onze, presidentes da Academia”

pontua Humberto Alves, no atlas da Academia Mineira, que será lançado neste mês
Dulciene foi homenageada em 2016 com Medalha da Inconfidência. Arquivo pessoal.

Dulciene Maria de Magalhães Queiroz tem graduação em Medicina pela UFMG (1975), mestrado em Ciências Biológicas (Microbiologia) pela UFMG (1983) e doutorado em Ciências (Microbiologia) pela UFRJ (1988). Atualmente é professora Titular da Faculdade de Medicina da UFMG. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Anatomia Patológica e Patologia Clínica, atuando principalmente nos seguintes temas: Helicobacter pylori, gastrite, úlcera péptica, carcinoma gástrico, diagnóstico. (Texto retirado do currículo lattes)
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A Academia Mineira de Medicina

O professor Walter conta que a AMM foi fundada em 16 de novembro de 1970, na Associação Médica de Minas Gerais, como uma entidade científica, sociocultural e de política de saúde.  Ela é composta por 100 cadeiras de Membros Titulares, além de Eméritos, Honorários, Beneméritos, Benfeitores, Grandes Benfeitores e Correspondentes. E também faz parte da Federação Brasileira das Academias de Medicina, capitaneada pela Academia Nacional de Medicina, sediada no Rio de Janeiro, fundada por D. Pedro I, em 30 de junho de 1829.

Como suas principais finalidades, estão “contribuir para o desenvolvimento e o progresso da medicina; promover o engrandecimento cultural dos seus pares e da comunidade; contribuir para a melhoria da saúde pública; buscar o aprimoramento do ensino médico e do rigor ético do exercício profissional; e preservar a História e a Memória da Medicina”.

“A fundação da AMM decorreu de iniciativas dos doutores Francisco José Neves, presidente da AMMG e ocupante da cadeira 101, cujo patrono é o Dr. José de Grisólia; e Itamar de Faria, presidente do Conselho Científico da AMMG e ocupante da cadeira 102, cujo patrono é o médico e escritor Dr. José Guimarães Rosa. Estas cadeiras são exclusividade dos 2 principais fundadores. Eles viram a necessidade de reunir nessa nova entidade médicos mais experientes, com características que extrapolavam a faixa de luta pelos interesses da classe, mas que fossem possuidores de extenso rol de sabedoria e expertise”, informa Walter.

Saiba mais sobre a Academia Mineira de Medicina em www.acadmedmg.org.br.