Ação lúdica chama atenção para a doença falciforme


16 de junho de 2016


Blitz aconteceu na Faculdade de Medicina da UFMG. Foto: Rafaella Arruda

Blitz aconteceu na Faculdade de Medicina da UFMG. Foto: Rafaella Arruda

Roleta de perguntas e respostas, jogos com dados e entrega de kits informativos sobre a doença falciforme marcaram ação do Cehmob-MG realizada nesta quinta-feira, 16 de junho, na entrada da Faculdade de Medicina da UFMG. A “Blitz da Doença Falciforme” celebrou o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Falciforme, comemorado em 19 de junho, e foi direcionada a estudantes do Campus Saúde.

“A ideia é despertar a curiosidade do público para a doença falciforme. E buscamos alcançar diretamente os futuros profissionais que irão tratar destas pessoas com a doença”, pontuou a enfermeira do Cehmob-MG, Aline Batista, uma das responsáveis pela ação.

Estudantes participam da roleta de perguntas. Foto: Rafaella Arruda

Estudantes participam da roleta de perguntas. Foto: Rafaella Arruda

Entre os estudantes que participaram da atividade, Gabriela de Souza, de Fonoaudiologia, respondeu questões na roleta e jogo de dados. Dos assuntos abordados, perguntas sobre eventos agudos, autocuidado, tratamento e saúde bucal na doença falciforme, além dos cuidados referentes às crianças, adolescentes, homem, mulher e gestante. “A gente está sempre na correria, mas hoje foi possível participar e achei muito bom. Já havia ouvido falar da doença falciforme em um estudo de caso”, falou a estudante. Catharina Wagner e Fabiano Malard, de Medicina, disseram ter se informado sobre a doença apenas recentemente. “A gente demora muito para ter contato com o assunto no curso, mas já conhecíamos por alto da doença falciforme, sobre o comprometimento das hemoglobinas e a questão genética”, disse Catharina.

Ana Cláudia Amaro, estagiária de Enfermagem do Cehmob-MG, se vestiu de hemácia falcizada (forma de foice) durante a blitz e despertou o interesse de quem passava por ali. A intenção foi demonstrar uma situação característica da doença falciforme, quando as hemácias, em determinadas condições, deixam de ser flexíveis e se tornam mais rígidas, assumindo a forma de foice (daí o nome falciforme), e passam a circular com mais dificuldade pelos vasos sanguíneos. “Muitos disseram que já ouviram falar da doença. A intenção é mesmo chamar a atenção”.  “Os acadêmicos têm conhecimento do assunto, mas muitos não sabem as causas, o porquê da hemácia falcizar, por exemplo”, completou Daniela Guimarães, estagiária de Gestão de Serviços de Saúde.

Estudantes de Medicina com a estagiária do Cehmob-MG, Ana Cláudia Amaro. Foto: Rafaella Arruda

Estudantes de Medicina com a estagiária do Cehmob-MG, Ana Cláudia Amaro. Foto: Rafaella Arruda

Ao final, foram sorteados brindes entre os participantes, incluindo uma vaga no curso a distância do projeto “Doença Falciforme: Linha de Cuidados na Atenção Primária à Saúde” e CDs com manual do Álbum Seriado sobre a doença falciforme, ambos do Cehmob-MG.

A “Blitz da Doença Falciforme” é uma iniciativa do projeto Linha de Cuidados.

Doença falciforme

Alteração genética caracterizada pela má formação das hemácias do sangue, a doença falciforme é a doença hereditária mais comum no país e causa, dentre outras complicações, obstrução dos vasos sanguíneos, infecções, crises de dor e anemia.

Desde 1998, com a realização da triagem neonatal (teste do pezinho) para a doença falciforme em Minas Gerais, tornou-se evidente a alta incidência da doença no estado: um caso para cada 1,4 mil nascidos vivos.