Acordo visa capacitar professores da rede estadual


26 de junho de 2012


“Nós precisamos preparar nossos profissionais para conhecer verdadeiramente os desafios a serem enfrentados, para que estejam preparados para melhor acolher e educar”. A fala da subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica de Minas Gerais, Raquel Elizabete Santos, define o espírito de motivação que marcou a abertura do seminário “Saber para cuidar: doença falciforme na escola”, na manhã de hoje.

O diretor da Faculdade de Medicina da UFMG, Francisco Penna, a subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica de Minas Gerais, Raquel Elizabete Santos, e o diretor do Nupad, Nélio Januário, na assinatura do acordo de cooperação.

Representantes das Secretarias de Educação e Saúde do Estado, da Fundação Hemominas e da UFMG, por meio do Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico da Faculdade de Medicina da UFMG (Nupad), assinaram um acordo de cooperação técnica para a execução do projeto que leva o mesmo nome do seminário. O objetivo é capacitar os professores e profissionais da rede estadual de educação visando melhores cuidados aos pacientes com doença falciforme.

“Essa atividade é fundamental para o acolhimento dos pacientes e conhecimento da doença falciforme”, declarou o professor Francisco Penna, diretor da Faculdade de Medicina da UFMG. Junia Cioffi, presidente da Fundação Hemominas, lembrou que a assinatura desse acordo é a celebração de uma causa que já vem sendo percebida e trabalhada há algum tempo na Fundação.

Para Nélio Januário, coordenador do Nupad e do evento, esse é mais um passo no sentido  de dar visibilidade à doença falciforme. “Já estamos bem avançados no reconhecimento da doença no Sistema Único de Saúde (SUS). É importante levar esse reconhecimento para outras esferas: a escola, o trabalho, a vida social”, concluiu o coordenador.

Parceiros
O encontro é promovido pelo Centro de Educação e Apoio para Hemoglobinopatias (Cehmob – MG), em parceria com o Nupad, Fundação Hemominas e Secretarias de Estado de Saúde e da Educação. Também tem o apoio de entidades representativas da doença falciforme, como a Associação de Pessoas com Doença Falciforme e Talassemia de Belo Horizonte e Região Metropolitana (Dreminas) e Federação Nacional das Associações de Pessoas com oenças Falciformes (Fenafal).

“Não tem como discutir a doença falciforme sem a presença das pessoas que vivem com a doença”, afirma Altair Lira, presidente da Fenafal. “O paciente, nessa discussão, é um ser vivo, atuante e transformador”, completa.