Alunos da Faculdade realizam mutirão de cirurgia no interior do estado
07 de abril de 2017
Os alunos da Liga Acadêmica de Cirurgia Geral da Faculdade de Medicina realizaram no município de Guaxupé, sul de Minas Gerais, um mutirão de cirurgia que atendeu 75 moradores. A ação, realizada no último sábado, 1º de abril, aconteceu por meio de uma pareceria entre a Prefeitura da cidade e os alunos da Liga e contou com a participação de 12 estudantes, cinco residentes e quatro professores.
O mutirão aconteceu no Centro de Saúde Pio Damião. Foram realizadas pequenas cirurgias, como a retirada de pintas e cisto sebáceos, em pacientes que já aguardavam em uma fila de espera por mais de dois anos. De acordo com a estudante no 9º período de Medicina e integrante da Liga, Gabriela Ruiz, alguns pacientes apresentavam mais de uma lesão. “Tinha paciente que a gente tirou três, quatro lesões, alguns com suspeita de câncer, por exemplo. A ação foi bastante importante para os pacientes, para a prefeitura e para a cidade,” destaca.
Segundo o estudante do 10º período do curso e coordenador da Liga Acadêmica de Cirurgia, Iago Souza, a ideia surgiu de projetos já existentes em outras Faculdades de Medicina e foi adaptada para a realidade da Universidade. “Guaxupé foi escolhida porque já existia uma parceria entre a UFMG e a cidade, que fica uma unidade do Internato Rural”, afirma.
A Prefeitura de Guaxupé ficou responsável pelo transporte, pela hospedagem e pela alimentação dos professores e estudantes. Toda a estrutura e materiais cirúrgicos necessários para o procedimento também foram cedidos pelo município.
A ação faz parte de um projeto de extensão da Faculdade de Medicina e contou com a participação do professor do Departamento de Cirurgia, Rafael Barbuto. Segundo ele, este tipo de experiência é importante para a vida acadêmica e profissional dos alunos envolvidos. “O projeto possibilitou que os estudantes se deparassem com a realidade, que engloba uma demanda alta, lá eles atenderam mais de 70 pessoas”, comenta.
Ainda de acordo com o professor Rafael, existe a possibilidade de estender a ação. “Tem-se a pretensão de realizar o mutirão duas ou três vezes a cada semestre. No entanto, o ideal é que ocorra em cidades que tem o Internato Rural, pois assim, pode-se dar assistência aos pacientes”, explica.
Na triagem inicial, 140 pacientes foram inscritos, sendo atendidos pouco mais da metade neste primeiro mutirão. Os outros pacientes foram agendados para a segunda etapa da ação, prevista para acontecer até o mês de junho, em Guaxupé.