Assistente social e atenção à pessoa com doença falciforme


03 de junho de 2015


assintentesocial2[2]Alteração genética que afeta o sangue, a doença falciforme, diagnosticada pela triagem neonatal, é a doença hereditária mais comum no Brasil e atinge um a cada 1.400 nascidos vivos em Minas Gerais. Originada na África e espalhada pelo mundo a partir da migração forçada de escravos, ela alcança principalmente a população negra, mais atingida pelo racismo institucional. Esse aspecto, associado à evolução muitas vezes grave da doença, tende a dificultar o acesso da pessoa com doença falciforme à educação, trabalho, moradia e serviços de saúde, o que a torna vulnerável não apenas do ponto de vista clínico, mas também social.

Dados da Associação de Pessoas com Doença Falciforme e Talassemia do Estado de Minas Gerais (Dreminas) mostram que, no estado, 95% das pessoas com doença falciforme são negras, 98% são beneficiárias do Bolsa Família do Governo Federal e 93% não concluíram o Ensino Fundamental. “As famílias e pessoas com doença falciforme, em sua maioria, são de baixa renda e/ou não tem tanto acesso ao ambiente escolar e ao mercado de trabalho, devido às peculiaridades da doença que exigem diversas internações, consultas e exames frequentes”, ressalta a assistente social da Dreminas, Paula Maia.

Neste cenário, o assistente social assume importância fundamental na atenção à pessoa com doença falciforme. Profissional responsável por acompanhar a dinâmica social do indivíduo e orientá-lo para garantir os direitos ligados à saúde, habitação, educação e emprego, entre outros, o assistente social deve trabalhar pela autonomia do sujeito. “Fazemos a leitura crítica da realidade da pessoa. Queremos o empoderamento, a emancipação do sujeito social”, diz a assistente social do Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico da Faculdade de Medicina da UFMG (Nupad), Graziela Maria.

Funções diversas
Segundo Graziela, que atua no Centro de Educação e Apoio Social do Nupad (Ceaps), cabe ao profissional do Serviço Social, nas mais diversas esferas de trabalho, intervir nas manifestações provocadas pela questão social. No caso da doença falciforme, é preciso dar visibilidade às consequências que ela provoca não apenas na saúde, mas em todos os âmbitos da vida da pessoa e de sua família: “É comum que haja demandas que necessitem da intervenção de outras políticas públicas”.

Leia a matéria completa na página do Cehmob-MG.

Acesse a página do 1º Encontro Mineiro de Assistentes Sociais – Doença Falciforme: Linha de Cuidados,