Calouros da UFMG já podem participar do Mapa da Vacina

Mais de 23 mil pessoas responderam ao levantamento; 98% completaram esquema vacinal, índice superior ao de BH e Minas Gerais


21 de março de 2022 - , , , , , , ,


A Campanha Mapa da Vacina chega aos calouros de 2022
A Campanha Mapa da Vacina chega aos calouros de 2022. Divulgação Cedecom | UFMG

A UFMG se prepara para o retorno de todos os estudantes aos seus campi, após mais de dois anos de suspensão das atividades acadêmicas presenciais por causa da pandemia da covid-19. Entre os esforços empreendidos pela Universidade para promover um retorno seguro, está o mapeamento vacinal da comunidade universitária, que já tem 23 mil pessoas registradas – metade delas já recebeu a dose de reforço, e 98,3% têm o protocolo vacinal inicial completo (duas doses ou dose única).

O mapeamento é realizado pelo sistema MonitoraCovid, que, de 1º de outubro de 2021 a 16 de março de 2022, foi preenchido por 23.871 pessoas, somando estudantes, professores, servidores técnico-administrativos e terceirizados.

Os calouros que estão efetuando seu registro acadêmico recebem orientações sobre o registro no ambiente MinhaUFMG para colaborar com o Mapa da Vacina. A campanha educativa visa também à sensibilização para a importância de que todos estejam integrados no esforço de proteção individual e coletiva para o enfrentamento da pandemia.

Segundo a presidente do Comitê Permanente de Enfrentamento do Novo Coronavírus da UFMG, professora Cristina Alvim, “a boa adesão da comunidade à vacinação tem sido evidente, como seria esperado de uma coletividade que defende as práticas de saúde baseadas em evidências científicas”.  

“Nossa comunidade ratifica que a obrigação de se vacinar é sobretudo ética, mais do que legal”, acrescenta a professora, que compara o mapa vacinal da UFMG com os dados oficiais da vacinação nacional e regional. No dia 16 de março, o consórcio formado pelos veículos de imprensa (Folha, UOL, O Estado de S.Paulo, Extra, O Globo e G1) divulgou que 73,3% da população brasileira (e 88% dos maiores de 12 anos) tinha o esquema vacinal completo, e 33%, a dose de reforço. Em Minas Gerais, o vacinômetro da Secretaria Estadual de Saúde registrou 76,5% de pessoas vacinadas. A Prefeitura de Belo Horizonte, no mesmo dia, confirmou que 96,8% da população maior de 12 anos já tomou as duas doses da vacina, e 51,6%, também a dose de reforço.

Espelho

“Os dados do MonitoraCovid UFMG se baseiam na confiança na autodeclaração das pessoas em relação ao seu estado vacinal, o que pode ser considerado uma limitação. Porém, a comparação dos nossos números com os dados oficiais da vacinação nacional e regional permite inferir que as informações obtidas no MonitoraCovid espelham a realidade da nossa comunidade”, considera.

Quanto ao 1% das pessoas que se autodeclararam não vacinadas no MonitoraCovid, Cristina Alvim considera que, no contexto da Universidade, “é  pouco provável que a hesitação, a dificuldade de acesso às vacinas ou a recusa em se vacinar por negacionismo sejam maiores do que na população geral”.  

Segundo a professora, esse tipo de mapeamento é importante pois contribui com a fundamentação de decisões sobre quais seriam as estratégias adequadas para promover a vacinação da população, especialmente quando a meta não é alcançada após a adoção de estratégias educativas.

Ela acrescenta que um documento da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), divulgado em 2021, tem norteado as decisões do Comitê da UFMG para a Campanha Mapa da Vacina. O texto esclarece que “a hesitação vacinal pode ser mais forte nas populações vulneráveis e marginalizadas, podendo não se restringir a preocupações de segurança e eficácia da vacina, já que a desconfiança nas autoridades pode estar enraizada num histórico de normas e práticas médicas e de saúde pública antiéticas, bem como de inequidade estrutural”.

Fortalecimento dos vínculos e segurança

Em vídeo a professora Cristina Alvim explica a etapa 3 do Plano de Retorno com base no mapa vacinal
Imagem de vídeo em que a professora Cristina Alvim explica a etapa 3 do Plano de Retorno com base no mapa vacinal. Youtube UFMG

Cristina Alvim reafirma que o retorno presencial de todos os estudantes e servidores ao campus, como prevê a etapa 3 do Plano de Retorno, tem sido planejado há longo tempo e orientado por decisões colegiadas, visando também à promoção da saúde mental de toda a comunidade acadêmica e o fortalecimento dos vínculos interpessoais e com a UFMG. Assista ao vídeo no qual a professora aborda o Plano de Retorno. 

Os estudantes vão encontrar sinalização nos espaços físicos, para melhor organização em relação à ventilação e ao distanciamento, e orientações sobre a importância das atitudes individuais para a própria proteção e a proteção dos outros: usar máscaras adequadas em todos os espaços, higienizar as mãos e não frequentar atividades presenciais em caso de suspeita de covid-19 ou de contato próximo com um caso confirmado.

MonitoraCovid

Aprender a fazer a notificação no MonitoraCovid, segundo Cristina Alvim, é essencial para que o estudante ou servidor receba orientações para cada situação, inclusive ser encaminhado para consulta telefônica com profissional de saúde do Hospital das Clínicas, pelo Telecovid.

Para participar, basta acessar o site MonitoraCovid e responder às seis perguntas com informações objetivas sobre a própria saúde, a saúde dos familiares e pessoas com quem teve contato próximo, nos últimos 14 dias. As perguntas referem-se à existência ou não de sintomas gripais, sintomas sugestivos de covid-19 ou de outras doenças infecciosas.

O questionário também apura se o servidor ou estudante exerce atividade presencial nos espaços da UFMG ou campos de estágio, se já foi vacinado contra a covid-19 e se tem alguma condição de vulnerabilidade – idade superior a 60 anos e/ou doença crônica, incluindo cardiopatias, doenças respiratórias, imunodeficiências primárias ou adquiridas e doenças autoimunes, hipertensão, diabetes, obesidade (IMC acima de 30), gravidez.

O acesso ao MonitoraCovid também pode ser feito pelo MinhaUFMG, no link do banner Mapa da Vacina.  


(Teresa Sanches/Centro de Comunicação da UFMG)