Campanha arrecada mais de mil brinquedos para enfermaria do Hospital das Clínicas


26 de setembro de 2017


Alguns dos brinquedos que foram doados. Foto: Carol Morena.

O Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG arrecadou mais de mil brinquedos para crianças e jovens da enfermaria pediátrica do Hospital das Clínicas(HC-UFMG). Foram doados tabuleiros, carrinhos, piscina de bolinha, tapete de amarelinha, bichos de pelúcia, quebra-cabeças, livros, dentre outros brinquedos. Também foram doados vídeo-games por servidores da Unidade.

A iniciativa da campanha surgiu da secretária do Departamento de Pediatria, Marília Silva Rodrigues, e logo foi apoiada pelos outros professores do Departamento. “Agradeço muitíssimo a todos que apoiaram a ideia e adeririam à campanha, possibilitando que não só contemplássemos a brinquedoteca do Hospital das Clínicas, mas também as crianças e adolescentes que são atendidos nos ambulatórios anexos do Hospital”, explicou.

Os brinquedos já estarão disponíveis na brinquedoteca no mês de outubro e alguns deles foram doados para outros setores do Hospital. Livros foram entregues para o Ambulatório da Criança de Risco, jogos de tabuleiro para os ambulatórios de Atendimento aos Adolescentes e de Disfunção Vesical, bonecos, carros e bolas ao Serviço de Psiquiatria e bichos de pelúcia ao ambulatório de Endocrinologia Pediátrica.

A expectativa é que a campanha seja realizada todos os anos. Doações ainda podem ser feitas no Departamento de Pediatria, sala 265, 2º andar da Faculdade.


A brinquedoteca

Localizada nos 6º e 10º andares do HC, a brinquedoteca atende crianças e adolescentes de 0 a 17 anos internadas na enfermaria pediátrica do local. Por isso, além de brinquedos musicais, luminosos e bonecos, também podem ser doados jogos para vídeo-game, tablets, Dvd’s e jogos de tabuleiro. Os brinquedos e materiais utilizados pelas crianças devem ser de materiais higienizáveis e não porosos. Normalmente, os brinquedos com essa característica são os de plástico.

De acordo com a professora do Departamento de Pediatria da Faculdade, Fabiana Kakehasi, atualmente, há uma dificuldade na reposição de brinquedos da brinquedoteca, principalmente os de estimulação precoce, para pacientes no primeiro ano de vida e os jogos eletrônicos, para os adolescentes.

A professora lembra, ainda, que com a internação hospitalar, a rotina de vida é modificada e a restrição ao leito e os procedimentos necessários ao tratamento limitam a motivação das crianças. “É consenso na literatura, que quanto menor a faixa etária da criança, maiores poderão ser os efeitos negativos do adoecimento e suas consequências para o desenvolvimento. Assim, nossa brinquedoteca tem como proposta  oferecer à criança internada um espaço específico destinado ao brincar”, explica Fabiana.

Para a Terapeuta Ocupacional do Hospital das Clínicas da UFMG, Keila Mattos Caldas, as situações de hospitalização podem criar ameaças às crianças e adolescentes e são expressas pelo sentimento de medo, choro, agressividade, dependência, ansiedade, depressão e angústia em relação a sua doença e à equipe que a atende​. “A brinquedoteca hospitalar surge como uma estratégia para minimizar os efeitos negativos do processo de hospitalização, pois se constitui em um local apropriado com inúmeros recursos: brinquedos de cores e formas variadas, jogos, vídeos, músicas infantis, espaço para a realização de atividades expressivas, entre outros”, avalia.