Centro de Graduação cataloga documentos de alunos desde 1917


20 de maio de 2015


*Matéria publicada na edição 44 do Saúde Informa

Reorganização permite mais agilidade no atendimento de demandas acadêmicas

edileusa_01Foi concluído este mês o trabalho realizado pela secretária executiva do Centro de Graduação da Faculdade de Medicina da UFMG (Cegrad), Edileuza Esteves Lima, que catalogou arquivo com documentos de todos os alunos da Faculdade de Medicina. Iniciado em 2012, a ideia surgiu da dificuldade enfrentada pelo Cegrad em atender solicitações de ex-alunos.

Segundo Edileuza, as mais de vinte mil pastas ficavam armazenadas em arquivos deslizantes e a separação em ordem alfabética já não era mantida por quem manuseava os documentos. Isso fazia com que as demandas demorassem de duas a três semanas para serem atendidas. Ela explica que, com a ajuda de uma estagiária, as pastas foram analisadas e reorganizadas. “Nós pegamos todas as pastas, separamos por ano de formatura e constatamos que havia documentação desde 1917, que foi o ano da primeira turma de Medicina. Então verificamos o que estava dentro dessas pastas, e encontramos até documentos históricos, jornais de 1930, entre outras coisas”, afirma.

Hoje o arquivo é dividido por ano e semestre de formatura. “Isso agilizou bastante o trabalho, a localização está bem mais rápida. Está tudo dividido em caixas box, com identificação de ano e nome. Além disso, criamos um arquivo digital que permite sabermos imediatamente todas as pastas que temos aqui, os documentos de cada formando, de cada semestre. Temos conhecimento também de quais pastas estão perdidas”, explicou Edileuza. Segundo ela o curso de Medicina acumula o total de 17.209 alunos formados, dos quais 101 pastas estão perdidas. Da Fonoaudiologia, o total de graduados é de 477, e apenas duas pastas estão desaparecidas. Já entre os 38 formados em Tecnologia em Radiologia, não há nenhuma pasta perdida.

Próximos passos
A secretária disse que vai iniciar uma busca dentro da própria Faculdade por esses documentos desaparecidos. “Alguns deles nós sabemos que são de personalidades, como por exemplo, Amilcar Vianna Martins. Talvez estejam no Centro de Memória (Cememor), ou em algum Departamento. Há, também, o caso de professores que, por ventura, estão com suas pastas, e podem nos devolver”, disse. Edileuza acredita que agora a tendência é que não se perca mais essa documentação, por causa da organização. “O que a gente queria era dar agilidade ao nosso trabalho e que o serviço fosse feito de uma forma organizada. Agora é só manter e ter cuidado, pois da forma que está não tem como danificar, ou perder”, conclui.