Cetes foi finalista em prêmio de inovação em saúde de uma organização global
12 de novembro de 2015
O projeto “Protocolos Regionais de Políticas Públicas de Telessaúde para a América Latina”, desenvolvido no Centro de Tecnologia em Saúde (Cetes) da Faculdade de Medicina da UFMG, foi um dos finalistas no prêmio de Inovação em Saúde, na categoria Prêmio Comunitário de Saúde. O evento foi parte integrante da conferência e Exposição Latino-americana da HIMSS, organização global focada em melhorar a saúde por meio de tecnologias da informação, que aconteceu em São Paulo nos dias 4 e 5 de novembro.
A iniciativa finalista, coordenada pela professora Alaneir de Fátima dos Santos, subcoordenadora do Cetes, é baseada na construção de um modelo comparativo de desenvolvimento de telessaúde. Ela permite analisar e medir o grau de maturidade de cada país disponibilizando informações e evidências úteis para a tomada de decisão e execução de políticas públicas de telessaúde.
“A indicação reconhece o esforço de um grupo de 20 países latino-americanos que, por meio de intercâmbio, diálogo, troca de experiência e disseminação de melhores práticas, desenvolveu uma metodologia de análise comparativa de atividades de telessaúde”, afirma Mônica Pena, membro da coordenação do Cetes e representante do grupo na premiação. “Essa metodologia colabora para o desenvolvimento de forma ordenada, consensualizada e coletiva. Um exemplo de tecnologia social”, continua.
O projeto
O projeto é coordenado em parceria com a Rede Universitária de Telemedicina e foi financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento. Também tem apoio de organismos de cooperação técnica como a Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL), a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e várias universidades latino-americanas. Iniciou-se em 2010 e, ao longo de seus quatro anos de execução, aglutinou quase todos os países da América Latina. Desses, 14 já tem representação formal do Ministério da Saúde ou de outro órgão governamental.
Além do mapeamento das atividades de telessaúde na região e da constituição de um comitê de melhores práticas, foram realizados dois cursos a distância. O primeiro foi para capacitação de gestores e dirigentes de universidades em telessaúde, com participação de 14 países e 419 inscritos. Já o segundo curso era para treinamento de profissionais de saúde no manejo da malária nos oito países fronteiriços da Amazônia, com 868 participantes.
Outras informações e resultados deste trabalho colaborativo estão disponíveis ao público no site.