Confira a programação do seminário “Saúde, Ambiente e Trabalho na Mineração”
Evento na Faculdade de Medicina da UFMG reunirá acadêmicos, parlamentares, representantes sindicais e de órgãos trabalhistas e lideranças sociais
25 de novembro de 2024
Evento busca inserir profissionais de saúde e da saúde do trabalhador na discussão sobre mineração. Arte: Ana Vieira.
O Projeto Manuelzão e o Observatório da Saúde do Trabalhador (Osat) da Faculdade de Medicina da UFMG realizarão, na próxima quinta-feira, 28, o seminário “Saúde, Ambiente e Trabalho na Mineração”. A programação é composta por conferência, mesas redondas, debates e lançamento do livro digital Após a Lama, o Rio e foi pensada de modo a proporcionar um espaço para acadêmicos, parlamentares, representantes sindicais e de órgãos trabalhistas, lideranças sociais e público analisarem o quadro atual da atividade minerária em Minas Gerais e apresentarem proposições relativas ao assunto.
O evento é aberto ao público externo e as inscrições devem ser realizadas através do formulário disponível neste link. Haverá emissão de certificado para os participantes.
Professor da Faculdade de Medicina da UFMG e coordenador do Projeto Manuelzão, Marcus Vinícius Polignano explica que um dos objetivos do evento é que profissionais de saúde e da saúde do trabalhador se insiram nas discussões sobre a mineração. “Fizemos um recorte propondo que a academia se engaje nesse debate e também que os serviços de saúde, especialmente dos trabalhadores de mineração, entendam os impactos da atividade e refinem sua atuação e compreensão crítica da temática”.
A conferência de abertura, às 9h, intitulada “‘Novas’ fronteiras de acumulação extrativista em MG: violências e resistências” será proferida por Daniel Neri, professor do Instituto Federal de Minas Gerais em Ouro Preto e integrante da Frente Mineira de Luta das Atingidas e dos Atingidos pela Mineração (FLAMa-MG).
A primeira mesa redonda do dia, “Saúde e Mineração: entre dores, lutas e esperanças”, reunirá Andréa Maria Silveira, professora do Departamento de Medicina Preventiva e Social da UFMG, Marta de Freitas, coordenadora do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM), Bruno Pedralva, médico e vereador em Belo Horizonte pelo PT e Mário Parreiras de Faria, auditor fiscal do Ministério do Trabalho. A mediação será do coordenador do Osat da Faculdade de Medicina da UFMG, o professor Tarcísio Pinheiro.
À tarde, às 13h30, a mesa redonda “Ambiente e Mineração: crimes ambientais nos rios Doce e Paraopeba” terá como debatedores Marcus Polignano, professor e coordenador do Projeto Manuelzão UFMG, Olívia Santiago, coordenadora do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Bella Gonçalves, deputada estadual em Minas Gerais pelo Psol e Daniela Campolina, doutora em Educação e co-coordenadora do Grupo de Pesquisa e Extensão Educação Mineração e Território (EduMiTe) da UFMG. A gerente de projetos da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), Maria d’Ajuda dos Santos, fará a mediação.
Com o tema “Trabalho e Mineração: empoderamento social”, a última mesa do dia tem início às 15h30. Participarão a professora e chefe do Serviço Especializado do Trabalhador do Hospital das Clínicas da UFMG, Jandira Maciel da Silva, o diretor do Sindicato Metabase Inconfidentes, Bruno Teixeira, a deputada estadual em Minas Gerais pelo PT, Beatriz Cerqueira, e o professor da PUC Minas e supervisor do Empoderamento Jurídico do Projeto Manuelzão, Henrique Domingos. A mediação ficará a cargo de Gelson Alves da Silva, coordenador do Fórum das Centrais Sindicais de Minas Gerais.
Todas as mesas serão seguidas por debates em plenária. A ideia é que ambientalistas, estudantes, acadêmicos, trabalhadores, sindicalizados, profissionais da saúde e do cuidado, militantes, pessoas atingidas e todos que convivem e acompanham o cenário da mineração possam compartilhar testemunhos, impressões e trocar conhecimento acerca do assunto.
Ao final do seminário, às 17h30, será lançado o livro digital Após a Lama, o Rio: diagnóstico socioambiental do Baixo Paraopeba, reservatório de Três Marias e comunidades atingidas do Rio São Francisco, organizado por Carla Wstane, Mônica Campos e Paula Constante.
Confira a programação completa:
Assessoria de Comunicação do Projeto Manuelzão