Controle de doenças está relacionado à adesão da vacinação
Série apresenta importância da vacinação para saúde individual e coletiva.
24 de junho de 2017
Programa de rádio apresenta série sobre a importância da vacinação e explica porque a escolha de se não vacinar pode afetar a saúde de toda a comunidade
Apesar da comprovada eficiência das vacinas e do reconhecimento mundial dos programas públicos de vacinação no Brasil, há um aumento cada vez maior de grupos que se recusam a vacinar. Presentes com mais força nos Estados Unidos e na Europa, eles alegam que as vacinas podem gerar, por exemplo, doenças neurológicas. Ao deixar de se vacinar, a pessoa não deixa de proteger somente a sua saúde, já que as vacinas também contribuem para a segurança de toda a comunidade.
Segundo a infectologista e professora do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG, Marise Fonseca, quanto maior o número de pessoas vacinadas, menor a chance de qualquer uma delas contrair a doença. “Quando uma doença é controlada e as pessoas vão deixando de se vacinar, é criado um grupo de suscetíveis e caso um vírus ou bactéria, controlados, volte a circular, e não exista uma porcentagem ideal de cobertura vacinal, há a possibilidade da volta dessas doenças, explica”.
Importância da vacinação
Atualmente, o Programa Nacional de Imunizações disponibiliza diversas vacinas gratuitas a crianças, adultos e idosos, como a BCG, Hepatite B, Sarampo, Coqueluche, Difteria, dentre outras.
As vacinas são o meio mais seguro e eficaz de se proteger contra algumas doenças infecciosas. Obtidas a partir de partes do próprio agente agressor, elas funcionam como um estimulante para que o corpo produza defesas através de anticorpos específicos. Esses anticorpos podem proteger de diversas doenças, fazendo com que a ação dos agentes invasores seja limitada ou totalmente eliminada antes que a doença se instale.
A vacinação promove saúde pública e sobrevida longa em relação às doenças infecciosas e este é um campo que vem evoluindo desde a criação do Programa Nacional de Imunizações, em 1973, que facilitou o acesso da população às vacinas. Segundo Marise, desde então, houve redução de internações e quadros graves de doenças comuns no Brasil. “Se olharmos as mudanças nos gráficos após a introdução de várias vacinas, podemos perceber a redução da mortalidade impactante, este é um recurso de prevenção importantíssimo”, avalia.
Prevenção
Para se proteger, as pessoas devem ficar atentas às campanhas do calendário de vacinação, que correspondem ao conjunto de vacinas prioritárias para o país e são disponibilizadas gratuitamente nos postos da rede pública. Alguns grupos de pessoas, considerados de risco, como gestantes, idosos e crianças, podem ser priorizados para determinadas vacinas, são pessoas que tem o sistema imune comprometido.
Sobre o programa de rádio
O Saúde com Ciência é produzido pelo Centro de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG e tem a proposta de informar e tirar dúvidas da população sobre temas da saúde. Ouça na Rádio UFMG Educativa (104,5 FM) de segunda a sexta-feira, às 5h, 8h e 18h.
O programa também é veiculado em outras 186 emissoras de rádio, distribuídas por todas as macrorregiões de Minas Gerais e nos seguintes estados: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e Massachusetts, nos Estados Unidos.