CPER recebe jovens em celebração ao Novembro Negro
A ação contou a visita de alunos do Coltec e da Escola Municipal Anne Frank
08 de novembro de 2024 - Ceper, Novembro Negro

Na manhã desta quinta-feira aconteceu a ação de Novembro Negro na Faculdade de Medicina da UFMG realizada pela Comissão Permanente de Enfrentamento ao Racismo (CPER). A ação contou com a participação de alunos da Escola Municipal Anne Frank e do Coltec, que foram recebidos no Campus saúde.
A visita com os alunos contou com um tour pelos espaços da faculdade, que passou pelo Horto Medicinal, Biblioteca J. Baeta Vianna, Restaurante Universitário e Diretório Acadêmico Alfredo Balena (DAAB). Além disso, os jovens também tiveram a oportunidade de conhecer o laboratório de Anatomia, coordenado pelo professor do Departamento de Anatomia e Imagem e responsável pelo Vida Após a Vida, Kennedy Martinez.
Para o professor do Departamento de Fonoaudiologia, Ualisson Nogueira do Nascimento, coordenador docente da CPER, a ideia dessa ação surgiu a partir dos discentes da CPER, para pensar um dos eixos de ação da comissão que remete à articulação interinstitucional.
“Os principais pontos que percebo nessa ação, que já está em sua segunda edição dentro do Novembro Negro da UFMG, é trazer o encantamento e a familiaridade para estudantes da rede pública de Belo Horizonte. Trazer a esses estudantes, que são em maioria jovens negros e periféricos, o encantamento com um espaço que, por muitas vezes pode ser desconhecido, e quando conhecido parece distante e inacessível”, destaca o professor.
O professor ainda complementa dizendo que essa visita traz a perspectiva de que a Faculdade de Medicina é deles como cidadãos e que pode ser acessada de diversas formas, seja por meio de uma visita, conhecendo a biblioteca, como usuários do SUS e possibilitando sonhar se graduar em algum dos cursos do Campus. “Nossa tentativa é, com a visita, tornar o espaço do Campus familiar, tentar ajudar a criar nesses estudantes o sentimento de pertencimento e demarcar como é o acesso para se tornar estudante na faculdade. Por isso, a condução da visitação é feita por sua maioria de discentes negros da faculdade, no intuito de inspirar como espelhos de uma realidade possível”, complementa.
Em um segundo momento, a visita contou com uma palestra com a representante da Comunidade dos Arturos, no qual, além de falar um pouco sobre a comunidade, ela trouxe discussões sobre o racismo.
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CPER
A Comissão Permanente de Enfrentamento ao Racismo iniciou seu trabalho em julho de 2020. É composta por estudantes negras e negros do GENI, estudantes indígenas, técnicos administrativos da Faculdade de Medicina, professores dos cursos da Faculdade de Medicina e representação estudantil, por meio dos Diretórios Acadêmicos.
O objetivo da CPER é propor e acompanhar a aplicação de políticas e estratégias de combate ao racismo na instituição, a fim de garantir o compromisso histórico com a universidade pública, gratuita, inclusiva, de qualidade e diversa. Foram estabelecidos seis eixos iniciais de trabalho: Sensibilização da comunidade acadêmica sobre o racismo; Ações afirmativas e acesso à universidade; Planos de ensino e práticas de ensino; Permanência e bem-estar estudantil; Articulação institucional transversal com objetivo de combate ao racismo; Divulgação de conhecimentos sobre saúde, elaborados pela população negra e pelos povos indígenas.