Curso de Medicina em busca da excelência

Comissão do Ministério da Educação visitará Faculdade em dezembro para renovação do reconhecimento do curso de graduação em Medicina.


06 de outubro de 2017


Comissão do Ministério da Educação visitará Faculdade para renovação do reconhecimento do curso de Medicina da UFMG

Foto: Bruna Carvalho

A Faculdade de Medicina da UFMG recebe, de 3 a 6 de dezembro deste ano, uma comissão do Ministério da Educação (MEC) para avaliação do curso de graduação de Medicina.

De acordo com a professora Taciana de Figueiredo Soares, coordenadora do Colegiado do curso, serão avaliadas as condições do ensino, do corpo docente, das instalações físicas, e do projeto pedagógico.

Taciana ressalta que para obter uma avaliação positiva, é fundamental que haja engajamento e participação de toda a comunidade acadêmica, estudantes, professores e servidores, desde já. “Estamos a dois meses da visita, em um momento de reunir evidências, documentos e comprovação da nossa qualidade. É preciso que toda a nossa comunidade se mobilize e faça a sua parte”, convoca.

Segundo a professora, a Diretoria da Faculdade de Medicina já indicou a constituição de uma comissão para a visita, que trabalha agora para atender às metas do planejamento estratégico para a visita. “Antes mesmo de a visita ter sido agendada, já começamos a nos reunir para sensibilização de todo o grupo de trabalhadores da Faculdade, e do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), que recebe as aulas do ciclo básico do curso”, conta.

A partir das reuniões e definições, providências já estão sendo tomadas para atender à equipe do Ministério.  “Já estamos recebendo parte dos documentos solicitados. Entretanto, ainda temos muito a buscar. Por isso, é fundamental a participação de todos os membros da comunidade envolvidos com o curso de Medicina”, reforça a coordenadora do Colegiado.

Como ajudar?
Segundo a professora Taciana, no que se refere à compilação das evidências documentais, a mobilização e a resposta dos setores envolvidos têm sido boas. “Estamos no meio do processo. É preciso respeitar os prazos aplicados para a entrega dos documentos à Comissão para não comprometer o andamento dos trabalhos”, enfatiza.

Dessa forma, a professora indica como cada um pode ajudar no trabalho. Os docentes, por exemplo, devem atualizar os currículos Lattes e organizar documentos comprobatórios de titulação e publicações. “Os servidores estão sendo convocados a rever os processos dos seus setores e a organizá-los. Essa tarefa é fundamental para demonstrar que todos nós estamos trabalhando para cumprir o que é determinado no Projeto Pedagógico do Curso (PPC) e nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN)”, justifica a professora.

Ela lembra ainda que, na ocasião da visita, os alunos serão consultados pelos avaliadores a opinarem sobre as condições da Faculdade. “Contamos com a participação e o empenho de todos na busca pelo conceito 5”, conclui Taciana.

Saiba mais sobre a avaliação do MEC na entrevista com a professora Taciana Soares:

Professora Taciana: “É preciso que toda a nossa comunidade se mobilize e faça a sua parte”. Foto: arquivo pessoal.

Como funciona a avaliação realizada pelo Ministério da Educação (MEC)?
Taciana Soares –
No âmbito do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), os cursos de graduação passam por três tipos de avaliação em momentos distintos: a autorização, o reconhecimento e a renovação para o reconhecimento do curso. Essa visita é para a renovação do reconhecimento do nosso curso de Medicina. No início do ano, um formulário com informações e dados relativos ao curso de Medicina foi encaminhado ao MEC, numa etapa inicial. Agora, durante a visita, três dimensões serão avaliadas: currículo, corpo docente e infraestrutura. Será gerado um Conceito do Curso (CC), que é calculado pelo sistema e-MEC, com base na média aritmética ponderada dos conceitos das dimensões avaliadas, e estas são resultados da média aritmética simples dos indicadores das respectivas dimensões. Nossa tarefa é demonstrar e comprovar com evidências documentais aquelas informações. É o momento de nós apresentarmos uma fotografia do curso e dos processos a ele relacionados.

Como será realizada a avaliação no dia da visita?
TS –
Os avaliadores terão uma agenda apertada, em dois dias de trabalho contínuo na verificação dos documentos, na visita a determinados setores e na entrevista com os três segmentos da escola, ou seja, o corpo docente, o aluno e o servidor. O Colegiado do curso de Medicina e o Núcleo Docente Estruturante (NDE) ficarão de plantão durante o período para atender às demandas da Comissão.

Para que serve essa avaliação?
TS –
As informações obtidas são utilizadas para orientação institucional dos estabelecimentos de ensino superior, bem como para embasar políticas públicas, sendo úteis para a sociedade como referência quanto às condições de cursos e das instituições de ensino.

Por que é importante uma avaliação positiva?
TS –
Ser bem avaliada é um passo para o reconhecimento como uma instituição sólida, que oferece um curso validado, que se torna o anseio do estudante na busca pela graduação e pelo sucesso no futuro. É a garantia da validação da sua profissão e a certeza de que poderá exercê-la plenamente. Para a Instituição, o reconhecimento da excelência nos ajuda a nos conhecer melhor e a continuar a trabalhar para manter tais índices de excelência. Por outro lado, um curso mal avaliado fica irregular e o MEC pode aplicar medidas cautelares diante dessa situação. Avaliações ruins recaem também sobre o estudante que pode ter problemas com o registro do seu diploma.

Qual o caminho para atingir um bom resultado?
TS –
Considero que a nossa Faculdade está no nível exigido para uma instituição de ensino que recebe a nota máxima na avaliação do MEC, o nível 5. Historicamente, estamos na vanguarda de variadas ações para a melhoria da qualidade do ensino e na busca pela formação do médico que o nosso país deseja, haja vista nosso protagonismo na atuação na atenção primária no nível da região metropolitana de Belo Horizonte e no interior, através dos convênios do Internato Rural. Ao lado do ajuste da carga horária e dos Estágios Curriculares, aquelas ações foram reforçadas com a Reforma Curricular do curso, em 2014, sempre com o norte nas diretrizes nacionais propostas pelo MEC. Agora, precisamos é demonstrar e comprovar tudo isso, da melhor forma possível e, como sempre, trabalhando com seriedade, capricho, organização e muito empenho.