Desmistificando a síndrome do ovário policístico
28 de junho de 2017
Vídeo produzido por integrantes de projeto de extensão será exibido em comemoração aos 90 anos da UFMG
Comum em mulheres em idade reprodutiva, a síndrome do ovário policístico, se não tratada e acompanhada, pode causar alterações hormonais, irregularidade na menstruação e até a infertilidade. Com o objetivo de promover atendimento clínico multidisciplinar e atividade educativa de promoção da Saúde acerca da síndrome, a professora do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG, Ana Lúcia Cândido, coordena projeto de extensão em parceria com as equipes dos serviços de Endocrinologia e Ginecologia e Obstetrícia do Ambulatório Borges da Costa, do Hospital das Clínicas da UFMG.
Buscando desmistificar inverdades propagadas popularmente e esclarecer dúvidas sobre a síndrome, os estudantes da equipe do projeto desenvolveram um vídeo curto, que simula o atendimento de um médico e uma paciente com ovário policístico, de forma dinâmica, objetiva e com linguagem simplificada e clara, com orientação e coordenação da professora.
O vídeo será exibido na fachada do Espaço do Conhecimento da UFMG na semana de 14 a 20 de agosto, entre 19h30 e 20h30, dentro da programação de comemoração dos 90 anos da UFMG.
O Espaço do Conhecimento da UFMG fica na Praça da Liberdade, 700.
A síndrome
Ana Lúcia conta que a síndrome do ovário policístico acontece quando a mulher ovula de forma irregular, devido ao excesso de produção de hormônios masculinos pelo organismo. “Não existe uma causa específica. Alguns estudos sugerem a influência de fatores genéticos e ambientais”, explica.
Segundo a professora e endocrinologista, é comum que alguns sintomas da síndrome sejam confundidos com outras doenças e, por isso, o diagnóstico deve ser feito por um médico especialista, por meio de uma combinação de fatores que podem ser observados. Dentre esses, estão a irregularidade ou ausência da menstruação e/ou ovulação, presença de altos níveis de hormônios androgênios no corpo, que podem ser sugeridos por pele oleosa, acne, pelos grossos e queda de cabelos e presença de vários folículos no exame de ultrassom.
O tratamento varia de acordo com as características manifestadas em cada mulher portadora da síndrome, mas Ana Lúcia Cândido aponta para a necessidade comum da prática de hábitos saudáveis. “É fundamental que a mulher pratique atividades físicas e mantenha dieta balanceada, já que a síndrome está relacionada à obesidade”, orienta. De acordo com a especialista, o médico vai determinar se existe a necessidade de tratamento hormonal, e como este deve ser feito.