Doenças e cuidados com a pele

Programa de rádio dedica série ao maior órgão do corpo.


03 de julho de 2015


Em nova série, o Saúde com Ciência aborda doenças de pele que não são contagiosas, a importância da vitamina D para o organismo e cuidados necessários durante o inverno.

marca-saude-com-ciencia1A pele é o maior órgão do corpo, correspondendo a 16% do peso corporal e exercendo diversas funções, como a regulamentação térmica, defesa orgânica, proteção contra diversos agentes do meio ambiente e funções sensoriais, como sentir dor e perceber calor e frio. Mas assim como os demais órgãos, a pele está suscetível a contrair doenças e requer cuidados especiais.

O vitiligo, por exemplo, atinge cerca de 3 milhões de pessoas no Brasil, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. A doença não é contagiosa e caracteriza pela perda da coloração da pele. De acordo com o professor do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG, Antônio Carlos Guedes, a doença não tem uma causa esclarecida. “Em cerca de 30% dos casos encontramos ocorrência familiar, caracterizando um componente genético. Ele normalmente é desencadeado por trauma ou queimadura solar”, explica.

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Foto: reprodução/Expresso Bandeirante

O professor acrescenta que a doença, normalmente, cobre várias partes do corpo, como a área próxima à boca, orelha, partes genitais e, principalmente, nas mãos, pés, cotovelos e joelhos. Segundo Antônio Guedes, há diferentes formas de tratamento. “Quando a doença está em sua fase aguda, o tratamento com corticóide pode fazer com que o processo se estanque. Porém, quando o vitiligo já se instalou, quando ele é denominado estável, é necessária a realização da pigmentação, que pode ser feita através de estímulos recebidos pelo sol e o uso de substâncias via oral”, explica.

 

Importância da Vitamina D

No Brasil, o câncer mais frequente é o de pele, correspondendo a 25% de todos os tumores diagnosticados no país. Porém, o sol traz diversos benefícios para o corpo, desde que aproveitado da maneira correta. A vitamina D, composto obtido, principalmente, pelo contato da pele com os raios solares, é essencial para a saúde do corpo. Segundo a professora do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina, Luciana Pereira, a principal função desta vitamina é a saúde dos ossos, ajudando a prevenir doenças como osteoporose, a osteopenia, a fragilidade óssea e na infância, o raquitismo.

Para conseguir produzir a quantidade ideal de vitamina D no corpo, Luciana recomenda que as pessoas fiquem expostas de dez a 15 minutos, diariamente, entre 9h e 15 horas. Este é o período em que o ultravioleta B, radiação solar que ativa a produção de vitamina D no corpo, é maior. Ela explica que banhos longos de sol, de uma ou duas horas nos finais de semana, não servem para compensar e repor a necessidade dos banhos diários e não proporcionam os mesmos benefícios. Além dos raios solares, a vitamina D pode ser obtida pelo uso de medicamentos ou pelo consumo de alguns alimentos, como salmão, sardinhas, ostras cruas e ovos cozidos.


Cuidados com a pele no inverno

A estação mais fria do ano também exige cuidados com a pele. Para a professora Luciana Pereira o principal problema é a pele seca no inverno. “Ela ocorre porque durante esta época do ano, as pessoas tendem a tomar um banho mais quente e com o uso da bucha, acaba retirando o manto lipídico, uma camada protetora da pele”, afirma.

Além disso, Luciana acrescenta que, entre os cuidados necessários, é importante manter uma alimentação variada, rica em vegetais; evitar banhos muito quentes; fazer o uso de hidratantes, para evitar o ressecamento da pele; e optar pelo uso de roupas feitas de algodão, evitando o material sintético.

Sobre o programa de rádio

Saúde com Ciência, que apresenta a série “Doenças e cuidados com a pele” entre os dias 6 e 10 de julho de 2015, é produzido pela Assessoria de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG e tem a proposta de informar e tirar dúvidas da população sobre temas da saúde. De segunda a sexta-feira, às 5h, 8h e 18h, ouça o programa na rádio UFMG Educativa, 104,5 FM.

Ele também é veiculado em outras 112 emissoras de rádio, que estão inseridas nas macrorregiões de Minas Gerais e nos seguintes estados: Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Tocantins e Massachusetts, nos Estados Unidos.