Eixo 8: Atenção primária, secundária e terciária

Saiba mais sobre a programação do Eixo 8 do 3º Congresso Nacional da Saúde da Faculdade de Medicina da UFMG.


28 de agosto de 2014


ergometrico_280211_brunacarvalho_03“Nos municípios onde há atenção primária à saúde (APS) bem estruturada e  de qualidade, o impacto nos indicadores de saúde é significativo. Por isso, é fundamental compreender a situação atual e as perspectivas da APS, tanto no sistema público como na saúde suplementar”. A opinião da professora do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG Cristina Alvim ressalta a importância do debate, tema central do oitavo eixo do 3º Congresso Nacional de Saúde, que ela coordena.

Uma das principais discussões do eixo será a respeito da atual realidade da APS em Belo Horizonte, no Brasil e no mundo. Segundo a coordenadora, a participação de profissionais atuantes em diferentes cenários, como regional ou nacional, público ou privado, irá contribuir com diferentes pontos de vistas e experiências. Ligia Giovanella, professora e pesquisadora da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz, é uma das convidadas. Ela irá participar de uma mesa-redonda que tratará sobre tendências contemporâneas na atenção primária à saúde em países europeus.

“Há evidências que uma atenção primária robusta produz melhores resultados em saúde, evita hospitalizações e reduz desigualdades em saúde”, relata Ligia. “Conhecer as tendências na atenção primária à Saúde em países europeus contribui para pensar estratégias para enfrentar problemas comuns e subsidiar nossos argumentos para avançar no fortalecimento da APS no Sistema Único de Saúde (SUS)”, continua.

Outra mesa contará com a participação Gustavo Diniz Ferreira Gusso, professor da Universidade de São Paulo (USP) e membro efetivo da Organização Mundial de Médicos de Família (Wonca), para discutir a APS na Saúde suplementar. “Este é um tema que vem sendo discutido no Brasil, onde havia, até hoje, uma compreensão tácita e equivocada que APS seria exclusiva para o setor público do sistema de Saúde e voltada apenas para pessoas socialmente vulneráveis”, afirmou.

Também estarão presentes Claunara Schilling Mendonça, professora do Departamento de Medicina Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Jose Eduardo Fogolin, coordenador geral da Média e Alta Complexidade do Ministério da Saúde; entre outros.

Serão discutidas ainda questões como o Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab), Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica  (PMAQ) e o campo de trabalho na atenção primária. Outro enfoque será a integração entre ensino e serviço para a formação de profissionais da Saúde, nos diferentes níveis de atenção, e a inserção da Medicina da Família e Comunidade nas universidades.

A expectativa de Cristina Alvim é de que o Congresso promova a reflexão e a ampliação da compreensão dos diversos temas relacionados à saúde. “Espero que os participantes se sintam motivados e encontrem um espaço de discussão. Vivemos um momento de muita tensão no nosso país e esta será uma oportunidade para sairmos do lugar de apenas levantar problemas para avançar na proposta de soluções”, completou.