Em entrega de fotos do SuperAção, colaboradores ressaltam os “pais-heróis”
22 de dezembro de 2017
Encontro de entrega das fotos do ensaio de super-heróis contou com agradecimento e comemoração entre crianças, pais e a equipe médica participante
As 17 crianças e adolescentes participantes do projeto “SuperAção” receberam nessa quinta-feira, 21 de dezembro, os quadros com suas fotos de super-heróis que estavam em exposição no Museu Inimá de Paula. O projeto foi promovido pela Faculdade de Medicina e Hospital das Clínicas (HC) da UFMG.
A professora do Departamento de Pediatria da Faculdade e coordenadora da ação, Karla Rodrigues, revelou estar feliz e satisfeita com o projeto. “As crianças ficaram alegres, vibraram e corriam pelo museu. As fotos tiveram impacto efetivo quando eles perceberam a quantidade de pessoas que foi prestigiá-los”, contou. “Queremos que o projeto continue. Estamos vivendo o momento e já sonhando com o futuro”, disse a professora.
O grupo de palhaços Encantarte da UFMG também marcou presença na entrega dos quadros, fazendo brincadeiras entre as crianças e adultos.
Colaboração para o projeto acontecer
O projeto contou com o apoio de colaboradores de diversas partes do país, cada um deles “apadrinhando” a foto de uma criança. O representante dos padrinhos, Allan Burgarelli, destacou a importância da atenção aos pais e às crianças. “O tratamento não é apenas a parte química. Às vezes, as pessoas se esquecem de que o carinho, atenção e amor são coisas fundamentais para a recuperação”, comentou.
O médico oncologista Nonato Mendonça destacou que os pais também “são verdadeiros super-heróis”. “O projeto trouxe um tipo de crescimento para cada pessoa que participou. Nós não temos a dimensão da força que vocês têm. Não podemos imaginar quão doloroso deve ser ter um filho com câncer. Vocês passam força para gente e para os seus filhos”, ressaltou.
Alegria de criança
Davi, três anos, e Arthur, quatro anos, corriam de um lado para o outro na sala, gritando, vez ou outra, “eu sou o super-homem”. E se alguém confundisse o super-herói, Davi fechava a cara e corrigia na hora.
A mãe do Davi, Aline Resende, disse que o projeto trouxe ânimo e distração para o pequeno. “Ele ficou muito preso em casa e no hospital por causa do tratamento. O projeto foi uma oportunidade de quebrar a rotina e de entrar em contato com outras crianças” explicou.
A mãe do Arthur, Ana Carla, por sua vez, disse que o inicio do tratamento é a parte mais difícil. “A nossa vida virou de cabeça para baixo quando veio o diagnostico. De repente seu filho de quatro anos está com câncer. Isso assusta muito” disse. “Então, quando veio o projeto, foi incrível. O Arthur se sentiu mesmo o super-homem e ele dizia ‘vou matar as células do mal’. Espero que, daqui a um tempo, isso seja só uma lembrança positiva de que ele enfrentou alguma coisa e venceu”, completou.
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