Em pesquisa nacional, 36% da população LGBTQI relata episódios semanais de discriminação
28 de janeiro de 2021
Pesquisa da Faculdade de Medicina da UFMG, em parceria com UFRJ, divulga primeiros resultados de dados colhidos durante a pandemia de covid-19.
O Inquérito Nacional de Saúde LGBTQI divulga seus primeiros resultados. Destaque para os pesquisadores, 36% dos participantes do estudo relatam episódios semanais de discriminação, sendo que 11% ocorreram dentro de serviços de saúde ou por profissionais de saúde.
Os primeiros resultados trazem dados referentes ao período da pandemia de covid-19, coletados até 30 de novembro de 2020. O questionário foi respondido por 976 pessoas da população LGBTQI. O objetivo do Inquérito é identificar os determinantes que impactam essa população, visando melhorar o atendimento dos serviços de saúde. Foram coletadas informações sociodemográficas, de sexualidade, violência e discriminação, além de condições e comportamentos em saúde, relacionados ou não à covid-19.
Outro destaque foi a prevalência de diagnósticos médicos de depressão. Enquanto na população brasileira em geral esse quadro afeta 10% dos adultos (segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde, feita pelo IBGE em 2019), o Inquérito Nacional de Saúde LGBTQI encontrou 25% de relatos de diagnóstico entre esse grupo. Também foi identificado maior consumo de álcool e cigarros entre o público estudado do que a população em geral. Durante a pandemia, houve aumento no consumo de bebida por 17% das pessoas, enquanto o de cigarro aumentou 6%.
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