Encontro da Pediatria avalia implementação do novo currículo para o Departamento


27 de novembro de 2015


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Professores debatem sobre a implementação do novo currículo para o Departamento de Pediatria. Foto: Carol Morena

O 25º Encontro Anual do Departamento de Pediatria (PED) da Faculdade de Medicina da UFMG foi realizado na ultima quarta-feira, 25 de novembro, no Hotel Piemonte, em Nova Lima. Na ocasião, professores do Departamento e convidados se reuniram para avaliar a implementação do novo currículo do curso de Medicina e seus impactos para o PED. Os participantes foram presenteados com um pen drive, contendo o E-book comemorativo dos 25 anos do Encontro.

A edição teve início com um levantamento feito pela Claudia Lindgren, chefe do Departamento de Pediatria, a respeito dos principais temas tratados ao longo dos últimos 25 anos de encontro. Segundo a professora, a formação de qualidade sempre teve destaque nas discussões do evento. Em seguida, a coordenadora do colegiado do curso de Medicina, Alamanda Kfoury, falou da importância da renovação para o ensino da medicina. De acordo com ela, as mudanças do currículo são importantes para que a universidade seja um espelho da sociedade, acompanhando os avanços tecnológicos, as necessidades em saúde, demandas profissionais e transformações sociais ao longo do tempo.

Através de um resgate histórico, Alamanda ainda apresentou, em uma linha do tempo, as principais mudanças na formação médica desde a fundação da Faculdade de Medicina, chegando até a implementação do novo currículo no último ano. Com a mudança, “o graduando em medicina tem formação geral, mais humanista, crítica, reflexiva e ética, com capacidade para atuar nos diferentes níveis de atenção à saúde”, afirmou.

Avaliação das mudanças e definição de novas estratégias

A professora Eleonora Druve, do PED, participou apontando como as mudanças foram avaliadas por alunos e professores, por meio de pesquisas feitas em 2012 e no primeiro semestre de 2015. De maneira geral, segundo as pesquisas, os dados apontam certa heterogeneidade da participação dos professores no processo de transição curricular. Já para os alunos é preciso esclarecer melhor as novas metodologias adotadas. Foi apontada, também, uma tendência para a diversificação dos métodos de avaliação.

Alunas da Medicina participam do debate aberto. Foto: Carol Morena

Alunas da Medicina participam do debate aberto. Foto: Carol Morena

A professora Cristina Alvim, do Departamento de Pediatria, por sua vez, apresentou dados de avaliações de instituições externas à Faculdade. “As últimas avaliações apontam uma ampliação do número de cursos e de estudantes, porém ainda temos problemas a serem trabalhados, como, por exemplo, os níveis de evasão de alunos”, disse. Eliane Gontijo, do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade, encerrou a rodada de apresentações com avaliações da pós-graduação. Em seguida, a palavra foi aberta para quem quisessem se manifestar. De modo geral, foram discutidos os pontos fortes e fracos apontados pelos dados e as maneiras de contornar as deficiências que persistem.

Já na parte da tarde, foi realizada uma oficina de propostas para definição da Matriz de Competências Essenciais em Pediatria e Avaliação Longitudinal. Os presentes se dividiram em três grupos de trabalho, por etapas da aprendizagem: anamnese, exame clínico e raciocínio clínico. Em seguida, cada grupo apresentou as conclusões do que foi discutido e foi aberto um debate entre todos.