Estudante desenvolve dissertação em programa internacional
23 de maio de 2017
*Alice Leroy
Fernanda Belloni, aluna do sexto período de Medicina da Faculdade de Medicina, desenvolveu dissertação em epidemiologia no programa Master of Science (MSC) na London School of Hygiene and Tropical Medicine (LSHTM) da University of London, pelo Ciências Sem Fronteiras.
A aluna desenvolveu seu mestrado em um ano, com a orientação da coordenadora do curso de epidemiologia da universidade, Dorothea Nitsch. Fernanda analisou, durante três meses, um banco de dados contendo mais de meio milhão de pacientes, com o objetivo de entender a associação entre nível sócio econômico e a incidência de lesão renal aguda, a insuficiência renal.
Segundo ela, a lesão renal aguda afeta 13,3 milhões de pessoas e contribui para 1,7 milhões de mortes anualmente. Fernanda afirma que a identificação de uma associação entre a doença e nível socioeconômico e a compreensão dos mediadores modificáveis dessa associação são importantes para o desenvolvimento de melhores estratégias de prevenção e controle da doença.
Os resultados obtidos serão divulgados na dissertação, intitulada “Socioeconomic status and risk of acute kidney injury: a historical cohart of new uses of antihypertensive drugs in England”. A aluna pretende publicar o trabalho e conta que aprendeu, na prática, a desenvolver a análise em meio a dificuldades como dados faltantes e desorganizados.
Sobre a experiência de mobilidade vivida através do programa Ciências Sem Fronteiras, Fernanda elogia: “Achei a universidade super organizada, com aulas teóricas e práticas. Melhorei muito meu inglês, pois convivi com estudantes de todos os países, não só do Reino Unido. Não aprendi só sobre o sistema de saúde, mas sobre como tudo funciona lá, até religião”, relata.
Estágio na Organização Mundial de Saúde
Além do desenvolvimento de sua dissertação, Fernanda também teve a oportunidade de estagiar na Organização Mundial de Saúde (OMS), localizada em Genebra, na Suíça. A estudante trabalhou, durante dois meses, na unidade de controle de doenças não transmissíveis.
Ela considera que o Ciências Sem Fronteiras foi de muita ajuda em sua trajetória: “Minha experiência também abriu a minha visão para o universo da saúde pública, mudando minha forma de encarar a medicina, as prioridades na prática médica e as minhas perspectivas do futuro na profissão.Foi maravilhoso, eu não teria condição nenhuma de fazer isso sozinha. Só consegui por causa do CSF.”, relembra a aluna.
Redação: Alice Leroy – estagiária de jornalismo
Edição: Mariana Pires