Faculdade de Medicina recebe infantômetro da Universidade de Oxford
10 de dezembro de 2018
Sem equivalente no Brasil, dispositivo permite melhorar monitoramento do crescimento de recém-nascidos
A Faculdade de Medicina da UFMG recebeu um infantômetro digital da Universidade de Oxford. O dispositivo permite que seja feito o monitoramento do crescimento de recém-nascidos com precisão. O envio do material faz parte do Projeto Interpractice, um projeto de pesquisa multicêntrico, com o objetivo de monitorar a nutrição e o crescimento dos prematuros.
Na Faculdade, a coordenadora do projeto é a professora do Departamento de Pediatria, Maria Albertina Santiago Rego. Segundo ela, o monitoramento do crescimento de recém-nascidos prematuros exige a obtenção de medidas confiáveis. “O crescimento precisa ser acompanhado desde as primeiras semanas de vida para prevenir a desnutrição ou excesso de gordura corporal”, explica.
A coordenadora informa que este dispositivo recebido, sem equivalentes no Brasil, será referência para as capacitações e aprofundamento em tecnologias simples, mas de alto impacto quando bem utilizadas. “O prematuro é frequentemente submetido a exames sofisticados, importantes para a abordagem de complicações da prematuridade. Mas muitas vezes, negligenciamos medidas simples, como peso, estatura e perímetro craniano”, declara.
Segundo a professora, algumas crianças que ficam três meses internadas têm apenas uma medida da estatura ao nascimento e outra ao receberem alta. Isso impossibilita o acompanhamento do padrão de crescimento. “É importante monitorar a estatura nas primeiras semanas de vida do prematuro. Desvios de crescimento nessa fase, para mais ou para menos, estão associados a complicações e sequelas”, conclui.
O Projeto Interpractice
O recebimento desse dispositivo foi parte de uma parceria entre a Faculdade de Medicina da UFMG e a Universidade de Oxford, através do projeto Interpractice. O objetivo deste é monitorar a nutrição e o crescimento dos prematuros, utilizando os padrões desenvolvidos no projeto, já recomendados pela Organização Mundial de Saúde.
Segundo a coordenadora, o estudo vem sendo implementado com subdivisões em componentes desde 2017. “Na fase atual, a parceria se estendeu e a Faculdade apoiará a implementação de práticas clínicas que potencializam o bom crescimento e desenvolvimento do prematuro em unidades neonatais de referência em Minas Gerais e no Brasil, com o apoio da Universidade de Oxford”, declara.
Para mais informações sobre o projeto, acesse o site.