Faculdade recebe simpósio internacional sobre Febre Reumática


30 de maio de 2017


Encontro é prévia da elaboração das diretrizes brasileiras sobre a doença, e terá transmissão online e tradução simultânea.

Ives Teixeira Souza*

 

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A Faculdade de Medicina sedia, no próximo dia 9 de junho, sexta-feira, o Simpósio Internacional de Febre Reumática, coordenado pela professora do Departamento de Pediatria, Cleonice Mota.

O Simpósio vai reunir especialistas para debater a prevenção e o modo atual de abordagem da doença.

A professora explica que a discussão sobre a febre reumática é relevante principalmente por causa das complicações cardíacas, que geram elevado custo social e econômico. “Nesse contexto, é fundamental a identificação do diagnóstico correto para que a prevenção de novos surtos possa ser efetivada. Além disso, a redução da mortalidade pela febre reumática e suas sequelas depende das estratégias de prevenção empregadas”, relata Cleonice.

A professora participa também da coordenação da reformulação das diretrizes brasileiras sobre febre reumática. “As diretrizes baseadas em evidências têm o importante papel de ser fonte geradora de informações sobre o diagnóstico e o tratamento, a fim de guiar os cuidados com os pacientes e orientar a prevenção de novos surtos”, conta.

A doença
A febre reumática é uma doença crônica, que se manifesta por surtos agudos, mais frequentemente com início na infância, entre 5 e 15 anos, e suas seqüelas cardíacas acompanham o indivíduo por toda vida, com elevado risco da necessidade de cirurgia nos conjuntos de válvulas do coração. “Não existe tratamento curativo, restando a prevenção como arma mais eficaz no combate à doença”, afirma a professora Cleonice.

Segundo a professora, a doença se manifesta a partir de uma inflamação da garganta que, não tratada adequadamente, pode gerar várias complicações. “A febre reumática é uma doença inflamatória, que envolve vários órgãos e se manifesta por complicação tardia de uma inflamação de garganta, causada pelo estreptococo,  em indivíduos com predisposição genética”, informa.

De acordo com a professora, a doença está relacionada com a ausência de cuidados básicos de saúde e pobreza da população. “A Organização Mundial de Saúde (OMS) registrou, no ano de 2005, nos países em desenvolvimento, cerca de 15,6 milhões de pessoas com cardiopatia reumática crônica. Estima-se também 233 mil mortes a cada ano no mundo diretamente ligadas à febre reumática”, detalha.

Simpósio Internacional
O Simpósio que acontece no Auditório do Centro de Pós-Graduação da Faculdade de Medicina, das 13h às 19h, no dia 9 de junho, vai ser transmitido por vídeoconferência, com tradução simultânea.

As inscrições para acompanhar a transmissão online são gratuitas e podem ser feitas pelo site do evento. Haverá a emissão online de certificado para os inscritos, por meio do Centro de Extensão da Faculdade de Medicina da UFMG.

Além disso, todo o conteúdo do simpósio vai poder ser acessado, posteriormente, por streaming, pelo site do evento, permitindo o acesso das discussões para um público ilimitado.  “O acesso remoto permitirá acesso de profissionais , médicos residentes e estudantes de graduação, apresentando um objetivo complementar que é a capacitação dos profissionais”, explica Cleonice.

 

Mais informações: na página do Simpósio Internacional de Febre Reumática.

 

 

Redação: Ives Teixeira Souza – estagiário de jornalismo
Edição: Mariana Pires