Medicina recebe visitantes internacionais
04 de março de 2008
O professor Carlos Maria Tuti, da Faculdade de Medicina da Universidade Agostinho Neto, de Angola, está visitando a Faculdade de Medicina da UFMG para viabilizar acordo de cooperação técnica que contribua para a melhoria das condições acadêmicas da escola.
Ele quer conhecer o currículo e a estrutura do curso e usá-los como modelo na reestruturação da Faculdade de Medicina angolana, única daquele país. Tuti considera algumas áreas como prioritárias em sua visita, tais como as de tecnologia, de pesquisa, de desenvolvimento docente e o Internato Rural.
Segundo a professora Eliane Gontijo, do Departamento de Medicina Preventiva e Social, a população de Angola enfrenta dificuldades na área da saúde. “Devido à guerra civil, o país possui baixos índices de escolaridade e de saneamento básico. É difícil garantir que os médicos formados continuem no país. Além disso, a faculdade é bem antiga, da década de 60, e precisa de reformas”, avalia.
A visita foi indicada pelo Ministério da Saúde a partir de contato da Organização Mundial de Saúde.
Medicina tradicional coreana
Também visitou a UFMG o professor Pak Yok, da Faculdade de Medicina de Pyongyang, capital da Coréia do Norte.
Ele apresentou uma proposta de parceria por meio da Academia de Medicina Tradicional da Coréia, que pesquisa métodos de cura como acupuntura, massoterapia (técnicas de massagem), fitoterapia (cura através de plantas medicinais) e moxa (prevenção de doenças através da aplicação de calor em certos pontos do corpo).
A proposta inclui o intercâmbio de alunos de graduação e pós- graduação e a oferta de uma disciplina optativa sobre técnicas da medicina oriental na UFMG. Segundo o anfitrião do coreano, o professor Francisco Rubió, também do Departamento de Medicina Preventiva e Social, a grande vantagem deste projeto é permitir que um conhecimento milenar e altamente desenvolvido na Coréia chegue à Faculdade de Medicina da UFMG.
“Nós conhecemos muito bem a medicina moderna, mas pouco sobre a medicina tradicional. A posse desse conhecimento permite o uso de terapias combinadas, o que significa um grande avanço na área da saúde”, afirma o Rubió, que visitou a Academia de Medicina Tradicional da Coréia em 2003.
Está prevista, para a primeira quinzena de abril, uma nova visita à Academia por uma comitiva local, formada pelo diretor da Faculdade de Medicina, professor Francisco Penna, o professor Rubió e outros docentes, com o objetivo de dar continuidade à proposta e firmar oficialmente a parceria.
Redação: Débora Santos – Estudante de Jornalismo
Foto: João Belo – Estudante de Design Gráfico