Faculdade recebeu apresentações de projetos do Ieat
30 de março de 2015
Os resultados de cinco projetos de professores residentes no Instituto de Estudos Avançados da UFMG (Ieat) foram apresentados na sexta-feira, 27 de março, na Faculdade de Medicina.
Com seus diferentes temas, a conferência atingiu seu objetivo de transdisciplinaridade. “Em função do mecanismo de escolha dos projetos, eles acabam sendo muito distintos uns dos outros, não tendo, necessariamente, nenhuma relação. Mas minha impressão é que teve certa química”, afirmou Estevam Barbosa de Las Casas, diretor do Ieat. Ele ainda questionou aos participantes se concordavam que esse funcionamento tende a tornar as pessoas propensas em realizar um intercâmbio de ideias, experiências e conhecimentos.
“O contato, mesmo tendo sido pouco, às vezes, foi muito profícuo”, expôs o professor da Faculdade, Antônio Lúcio Teixeira. Ele também apoiou a sugestão da professora da Escola de Música da UFMG, Rosângela Tugny, sobre eventualmente as propostas seguirem um tema sugerido pelo Instituto. “Eu gostei muito desta perspectiva de seguir uma demanda do IEAT, com cada pesquisador propondo um modelo sobre ela”, apontou.
Em continuidade, a professora da faculdade de Ciências Econômicas da UFMG, Ana Paula Paes de Paula, diz ter percebido elementos em vários trabalhos que proporcionariam diálogos interessantes entre eles. “Ouvindo meus colegas eu vi muita coisa em comum como o indeterminismo, a necessidade de fazer uma ciência mais voltada para a questão social e a autorreflexidade”, completa.
Medicina
O professor Antônio Lúcio Teixeira mostrou a relação do sistema imunológico com o nervoso central, usando como referência o transtorno bipolar. Segundo ele, infecções e inflamações podem influenciar a atividade cerebral e consequentemente o comportamento humano. “Diante de processos infecciosos e inflamatórios, todos nós simulamos uma pequena depressão. Basta lembrar o último episódio que tivemos para perceber que ficamos mais desanimados, alteramos o padrão de apetite, tivemos maior dificuldade de concentração, etc.”, explicou. “Isso tem uma superposição fenotípica daquilo que chamamos de depressão maior ou melancolia. Este é um comportamento não só do ser humano, mas de uma série de mamíferos”, continuou.