Gravidez planejada, mãe e bebê saudáveis
04 de maio de 2011
Planejar uma gravidez representa muito mais do que preparação psicológica, despesas com fraldas ou mudança de decoração na casa. Para aumentar as chances de uma gestação tranquila e nascimento de um bebê saudável, as futuras mamães devem tomar uma série de cuidados com o próprio organismo.
“O ideal é que a gravidez seja um momento planejado para que a mulher possa procurar seu médico e avaliar suas condições de saúde”, aconselha a médica e professora do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da UFMG, Alamanda Kfoury Pereira.
Segundo a especialista, tratam-se, principalmente, de exames e cuidados simples que toda mulher deve incorporar à sua rotina, como avaliação de peso, pressão e até de hábitos alimentares. “Algumas têm hipertensão, diabetes, mas não sabem. A obesidade, por exemplo, é um fator de risco para a gravidez”, explica. Passada a avaliação clínica, a paciente é encaminhada para os exames laboratoriais, de sangue e urina, que podem detectar infecção ou até anemias.
Com o resultado das avaliações, o médico poderá indicar exercícios físicos que deverão, posteriormente, ser adaptados para o período da gestação. “Essas atividades ativam a circulação sanguínea, trabalham o tônus muscular e são muito prazerosas”, indica. Paralelamente, deve-se cortar de vez da rotina alguns hábitos prejudiciais tão conhecidos pela sociedade: fumar e beber. “Cigarro deve ser banido. Sobre a bebida, ainda não sabemos o limite seguro para o álcool. Na dúvida, os médicos mais cuidadosos desaconselham completamente”, instrui Alamanda Kfoury Pereira.
Os futuros pais também não podem ficar de fora do planejamento. A ginecologista recomenda que eles também cortem a nicotina e ainda alerta para os riscos do uso de alguns medicamentos. “Existe, por exemplo, remédio para calvície no mercado que pode interferir na qualidade do espermatozoide do homem”, afirma.
Aconselhamento genético
Para alguns casais, é recomendado incluir na preparação da gravidez um aconselhamento genético. O processo abrange análises para detecção do risco de ocorrência de doenças genéticas no bebê que está por vir.
“Esse acompanhamento é muito importante e pode ajudar a saber sobre risco de desenvolvimento de doenças como fibrose cística, nanismo, hemofilia”, indica Alamanda Kfoury Pereira. Mulheres com idade acima de 35 anos ou aquelas com histórico de doenças hereditárias na família representam alguns dos casos em que se deve procurar o acompanhamento genético.