Guia detalha diretrizes de implantação do Ensino Híbrido Emergencial na UFMG

Documento orienta corpo docente a articular os momentos síncronos, assíncronos e presenciais em consonância com o conhecimento sobre o modelo já consolidado pela literatura especializada


24 de setembro de 2021 - , , , , , , , ,


Guia para Ensino Híbrido Emergencial
Guia para Ensino Híbrido Emergencial. Imagem: Reprodução de guia

A Diretoria de Inovação e Metodologias de Ensino (GIZ), vinculada à Pró-reitoria de Graduação (Prograd), publicou no site do Programa Integração Docente um detalhado guia para a implantação do Ensino Híbrido Emergencial (EHE) nos cursos de graduação da UFMG. Esse regime de ensino entrará em vigor no segundo período letivo de 2021, cujas aulas começam dia 13 de outubro.

Com 53 páginas, o documento desdobra as diretrizes gerais estabelecidas na resolução que regulamentou a implantação do EHE na UFMG, publicada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) em 19 de agosto, e estabelece os termos da transição que está ocorrendo do Ensino Remoto Emergencial (ERE) – modelo adotado durante a pandemia de covid-19 – para o EHE.

O público-alvo da cartilha é o corpo docente da Universidade, com destaque para os coordenadores e demais profissionais que atuam nos colegiados. De modo geral, o documento trata de como o corpo docente deve atuar para “articular os momentos síncronos, assíncronos e presenciais como um contínuo de aprendizagem”, em consonância com o que a literatura especializada já estabelece sobre o modelo híbrido de ensino.

“O público mais imediato é o professor e o coordenador de colegiado, mas esse é um guia importante para todos que estão envolvidos com o ensino, inclusive os estudantes e os técnicos que dão apoio ao processo de ensino-aprendizagem”, explica a professora Maria José Flores, diretora do GIZ. “Em um momento de dispersão conceitual sobre o que seja o ensino híbrido, em que cada universidade tem-se organizado e proposto o seu modelo, esse guia explicita as escolhas que a UFMG está fazendo neste momento”, acrescenta.

Avaliação do ensino remoto
Guia mira os desafios do ensino híbrido, que mescla atividades remotas com presenciais. Foto: Lucas Braga | UFMG

Organização

Elaborado por um grupo de trabalho instituído pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), o Guia para Ensino Híbrido Emergencial nos cursos de graduação da UFMG está organizado em quatro partes. Na primeira, ele detalha as diretrizes para a implantação do EHE. Na segunda, trata das possibilidades de organização didático-pedagógica das disciplinas e das atividades curriculares que venham a ser ofertadas a partir do período letivo que se inicia em outubro. Na terceira, são discutidos os fundamentos teóricos e o conceito de ensino híbrido.

Nessas três primeiras partes, além de apresentar os princípios norteadores do EHE na UFMG e a discussão teórica sobre o ensino híbrido e a recapitulação histórica da sua implantação na UFMG, o guia reúne exemplos práticos de como os professores devem organizar suas aulas em relação ao uso do tempo, do espaço e das ferramentas de ensino disponíveis.

“O guia condensa as concepções políticas e pedagógicas da UFMG para o Ensino Híbrido Emergencial. Ele oferece aos professores as orientações sobre como eles devem organizar as suas práticas pedagógicas para que sejam coerentes com o conceito de ensino híbrido definido pela Universidade”, diz Maria José. “Nesse sentido”, prossegue a diretora, “seu objetivo é servir como um instrumento de consulta regular”.

Em sua na quarta e última parte, a cartilha traz “referências de estratégias de ensino-aprendizagem, avaliação e tecnologias e experiências de ensino”. Nessa seção, o guia relaciona cada estratégia e recurso de ensino (estudo dirigido, aula expositiva, debate, chat, aula gravada etc.) aos formatos (remoto e/ou presencial) de ensino previstos no EHE. Por meio de artigos, também são apresentadas experiências de ensino híbrido em outras instituições.


(Ewerton Martins Ribeiro/Centro de Comunicação da UFMG)