Hospital das Clínicas inaugura Unidade Coronariana
17 de dezembro de 2009
Objetivo da nova ala é reduzir mortalidade por infarto na cidade de Belo Horizonte
O Hospital das Clínicas da UFMG inaugura na tarde de hoje, 17 de dezembro, com a presença do Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, sua Unidade Coronariana. Construída com recursos do Ministério da Saúde, a Unidade possui 19 leitos de CTI para atendimento de pacientes com doenças coronarianas.
O credenciamento dos leitos foi realizado em tempo recorde pelo próprio Ministério da Saúde por interveniência do gestor municipal no início das atividades de programa do HC/UFMG e da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte para atendimento a vítimas com doença coronariana. Foram investidos R$ 2 milhões na infra-estrutura física e na aquisição dos equipamentos necessários para funcionamento dos leitos.
Dos 19 leitos da Unidade Coronariana, nove atenderão à demanda cardiológica em geral, incluindo cirurgias cardíacas e vasculares, e 10 serão destinados exclusivamente para tratamento de pacientes infartados com gestão direta da Secretaria Municipal de Saúde por meio da Central do SAMU (Serviço de Atendimento Médico de Urgência). O objetivo é tornar o atendimento do infarto rápido e eficiente, permitindo a realização de tratamento imediato, reduzindo a mortalidade de pessoas por infarto na cidade de Belo Horizonte.
Para o Hospital das Clínicas da UFMG, os novos leitos representam mais um serviço a ser prestado à população de Minas Gerais, além de oportunidade de ensino e pesquisas na área de cardiologia.
A Doença arterial coronariana
A doença arterial coronariana é uma das principais causas de morte em todo o mundo, especialmente pelo infarto do miocárdio, forma clínica aguda desta doença, caracterizada pela obstrução de uma das artérias coronárias. O infarto do miocárdio é efetivamente uma emergência médica: quanto mais rápido o paciente chegar ao hospital e for feita a abertura da artéria obstruída, por medicamentos ou pelo cateterismo cardíaco, maior o benefício, tanto em termos de vidas salvas, como de menor dano cardíaco subseqüente.
Embora o tratamento do infarto esteja estabelecido há quase 20 anos, nem sempre o paciente na rede pública consegue ser atendido nas primeiras 12 horas do infarto, período no qual a reperfusão (retorno do sangue a todos os órgãos que estiveram privados dele por algum tempo) é eficaz.
A ausência, na rede pública, de unidades de terapias intensivas direcionadas para esta condição ou de organização capaz de direcionar o paciente a tempo para o hospital faz com que oportunidades de tratamento sejam perdidas.
Mais informações: (31) 3409 9354
Redação: Assessoria de Comunicação Social do Hospital das Clínicas da UFMG