Lineu Freire Maia é homenageado
22 de março de 2010
Amigos, familiares e colegas de profissão do professor Lineu Freire Maia reuniram-se na última sexta-feira, 19, na inauguração do Laboratório que leva o seu nome. A sala, no segundo andar da Faculdade, foi utilizada por muitos anos para pesquisas do professor, reconhecido internacionalmente como um dos principais estudiosos das toxinas do escorpião Tityus serrulatus.
O evento foi conduzido pelo professor José Renan da Cunha Melo (CIR) que, em discurso, destacou as qualidades, pessoais e profissionais, do professor e amigo Freire Maia. “Essa homenagem tem a pretensão de fazer justiça e reconhecer quem possui mérito”, afirmou.
Também discursaram, no evento, os professores Marcelo Eller, chefe do CIR, que completa 40 anos, Francisco Penna, diretor da Faculdade, Clélio Campolina, atual reitor da UFMG0, empossado hoje, e Ronaldo Pena, seu antecessor
Dedicação
Representando a família a ex-esposa de Freire Maia, Ana Lúcia, acompanhada de filhos, amigos e neto, agradeceram a homenagem. “Lembro-me dele aqui em cima, nas intermináveis pesquisas, acenando e sorrindo. Eu, lá embaixo, sempre esperando”, recordou Ana Lúcia, olhando para as janelas.
Falecido em 1999, o professor Lineu se tornou professor da Faculdade de Medicina em 1960. Em 1987 aposentou-se como professor titular do departamento de Fisiologia e, depois, prestou concurso e tornou-se adjunto do departamento de Farmacologia.
A partir daí começou a dedicar-se ao tratamento do escorpionismo. Alguns de seus estudos, feitos em parceria com o professor Carlos Amaral, do departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina, mostraram que o edema pulmonar – uma das complicações mais graves do veneno de escorpião – é conseqüência tanto de fatores cardíacos quanto de não-cardíacos.