‘Máscara está para a covid-19 assim como o preservativo está para o HIV’, afirma infectologista

Contágio do coronavírus por superfícies tem papel secundário no avanço da pandemia


07 de janeiro de 2021 - , , , ,


Desde o início da pandemia do novo coronavírus, no primeiro trimestre de 2020, a limpeza de superfícies – também chamadas de fômites – foi destacada por autoridades sanitárias, a exemplo da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde, como uma das principais medidas para o controle da propagação do vírus. No entanto, com o avanço dos estudos relacionados ao Sars-CoV-2, é possível afirmar que o contágio em superfícies ocupa papel secundário na comparação com a inalação de gotículas e aerossóis que permanecem no ar estagnado de locais fechados ou pouco ventilados por um período prolongado. 

“A transmissão do coronavírus se dá basicamente por meio das gotículas aéreas que contêm as partículas virais”, explica o infectologista e professor da Faculdade de Medicina da UFMG Mateus Westin.

“Portanto, o risco mesmo de transmissão ocorre quando as pessoas interagem no mesmo ambiente, sem máscara, conversando, e ali as partículas ficam flutuando durante um tempo”, completa. 

De acordo com o também infectologista e professor da Faculdade de Medicina da UFMG Unaí Tupinambás, o mascaramento facial tem papel essencial na proteção contra o novo coronavírus. “Faço um paralelo, guardadas as proporções: o mascaramento facial está para a covid-19 assim como o preservativo está para o HIV”, afirma.

Em entrevista concedida à TV UFMG, Unaí e Westin explicam as diferenças entre o contágio aéreo e por superfícies e salientam a importância das medidas não farmacológicas no combate à pandemia, sobretudo a ventilação apropriada, o uso correto da máscara – para vedar boca e nariz – e o distanciamento social. 

Equipe: Vitória Fonseca (produção), Márcia Botelho (edição de imagens) e Renata Valentim (edição de conteúdo)


Centro de Comunicação da UFMG (Cedecom)