Medicina é nota 4 em indicadores do MEC
05 de janeiro de 2015
Na avaliação de 2013, o curso de Medicina da UFMG obteve média igual a 4 em um total de 5 no Conceito Enade e no Conceito Preliminar de Curso (CPC), ambos do Ministério da Educação. O resultado mostra que o curso se manteve com o nível bom, segundo a professora Alamanda Pereira, chefe do Colegiado de Medicina. No entanto, ela também lembra que a análise da nota não pode ser simplista e enxergar apenas um número.
“Nos dias de hoje, com todas as dificuldades que uma instituição pública enfrenta, a nota é muito positiva. Temos que pensar que são 160 alunos por semestre e isso exige muito trabalho”, afirma Alamanda. “Mas, é preciso avaliar os indicadores e isso é fundamental para a instituição, que tem o objetivo de oferecer um curso cada vez melhor”, prossegue.
Para ela, apesar do 4, ainda é preciso refletir alguns pontos que não foram satisfatórios. Em 2010, por exemplo, a Faculdade apresentou a mesma média, mas obteve um desempenho mais baixo. “Ainda não tínhamos uma política de sensibilização do aluno para se comprometer com a prova. Não só para eles, como não havia conscientização do corpo docente e técnico para a importância desse índice”, conta a chefe do colegiado. Depois do resultado daquele ano, houve uma campanha voltada principalmente ao, aluno para que passasse a se preocupar como membro da instituição.
Alamanda relaciona a melhora do desempenho a partir desta campanha e da mudança na própria prova do Enade. “Em 2013 a prova teve uma característica principal de não cobrar só a cognição básica. Ela cobrou o raciocínio e a contextualização com a prática”, expõe. “De certa forma, nosso alunos têm competência para isso porque o curso é pratico. No novo currículo será ainda mais”, continua a professora.
Por reconhecer a nota como importante para refletir sobre os indicadores, além de ranquear as universidades, o que pode influir na atuação do aluno quando chegar ao mercado de trabalho, Alamanda declara que a sensibilização dos alunos irá continuar. “Além deles, temos que envolver o copo docente, repensar o programa das nossas disciplinas, a estrutura pedagógica, envolver todos os departamentos e o corpo técnico, como repensar as politicas necessárias para estimular a qualificação dos professores”, salienta.
Para estas mudanças, o Núcleo Docente Estruturante (NDE), representado com uma diversidade de professores, já está pensando sobre as ações que serão realizadas a partir de 2015. Com a missão de acompanhar o curso, visando à contínua promoção de sua qualidade, o NDE promoverá o Seminário de Ensino nos dias 23 e 24 de fevereiro, no qual serão abordados vários assuntos como o resultado do Enade e algumas ações que serão deliberadas a partir de então. A participação será aberta a toda a comunidade acadêmica, incluindo professores, técnicos e alunos.