Minas tem 19 novas modalidades de teste de paternidade
09 de agosto de 2013
O Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG) incluiu mais dezenove variedades de exames de DNA para os casos em que o suposto pai já faleceu, ou não pode ser encontrado. O Nupad participa do processo por meio do convênio entre o TJMG e a Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG).
De acordo com Cíntia Pimenta, supervisora operacional do Laboratório de Genética e Biologia Molecular do Nupad (LGBM), que realiza os testes, as novas modalidades foram incluídas a partir do aumento da demanda por testes nesses casos. “Foi realizado um levantamento com as variantes mais solicitadas, e chegamos a essas 19”, explica. Agora, são 24 possibilidades do exame (veja abaixo).
Desde que o termo aditivo foi incluído ao contrato entre o TJMG e o Nupad, em abril de 2013, esses novos exames já estão sendo realizados. Cíntia conta que nos casos com a ausência do suposto pai, quando ele já é falecido ou está ausente, é possível determinar a paternidade em relação ao suposto filho ou, em casos de pouca informação genética, é possível determinar se há algum grau de parentesco entre as partes. Estas análises são feitas a partir das amostras dos parentes de 1º grau do suposto pai (mãe, pai, irmãos e filhos).
“O custo é mais elevado. Mais marcadores de DNA são utilizados, em comparação aos casos com a participação do suposto pai. Além disso, é um procedimento trabalhoso e com cálculos estatísticos, que requer inclusive uma equipe maior de biólogos bem treinados e com experiência na análise deste tipo de exame”, explica Cíntia.
A supervisora destaca ainda a importância do trabalho realizado no Nupad para a comunidade. “Até a introdução destas variantes não havia solução para a população sem condições de pagar este exame. É um trabalho muito gratificante e de grande utilidade e repercussão na solução desses casos que atualmente estão sendo resolvidos”, conta.
Pai falecido ou ausente
Exames realizados anteriormente:
– Mãe, filho e pais biológicos do suposto pai;
– Mãe, filho e três parentes do suposto pai (pais, irmãos ou filhos);
– Filho e pais biológicos do suposto pai;
– Filho e três parentes do suposto pai (pais, irmãos ou filhos);
– Filho, dois filhos biológicos do suposto pai e mãe biológica desses filhos.
Novas modalidades:
– Mãe, filho e dois irmãos biológicos do suposto pai.
– Mãe, filho e dois filhos biológicos do suposto pai, ambos da mesma mãe.
– Mãe, filho e a mãe ou pai biológicos do suposto pai.
– Filho e pai do suposto pai.
– Filha (sexo feminino) e mãe do suposto pai.
– Mãe, filho e um irmão biológico da mesma mãe e pai do suposto pai.
– Mãe, filho e um filho biológico do suposto pai com a mãe biológica.
– Filho e um filho biológico do suposto pai com a mãe biológica.
– Mãe, filho, um dos pais e um irmão biológico do suposto pai.
– Mãe, filho, um dos pais e um filho biológico do suposto pai.
– Mãe, filho, um filho biológico e um irmão biológico bilateral do suposto pai.
– Filho, um dos pais e um irmão biológico do suposto pai.
– Filho, um dos pais e um filho biológico do suposto pai.
– Filho, um filho biológico e um irmão biológico do suposto pai.
– Mãe, filho e um filho biológico do suposto pai, da mesma mãe.
– Filho (sexo masculino) e um filho biológico do sexo masculino do suposto pai.
– Filha (sexo feminino) e um filho biológico do sexo feminino do suposto pai.
– Filho (sexo masculino) e um irmão biológico do suposto pai do sexo masculino.
– Filho e dois filhos biológicos do suposto pai.
Números dos exames de DNA
– Mais de 16 mil exames realizados desde o início do convênio
– Mais de 9 mil exames do interior de Minas Gerais
– 281 laboratórios credenciados em todas as regiões de Minas Gerais.