Mudanças nos códigos de ética médica serão debatidas na História da Medicina

“Os códigos brasileiros de ética médica no século XX – convite à leitura” será o tema da disciplina História da Medicina, nesta sexta-feira, 23 de novembro. A aula será realizada das 11h30 às 12h30, na sala s146, no andar do subsolo da Faculdade de Medicina da UFMG. Não é necessária a inscrição prévia.

Foto: Carol Morena

Promovida pelo Centro de Memória da Medicina da UFMG (Cememor), a disciplina irá abordar a historicidade dos códigos de ética médica, a responsabilidade com a ética profissional e também refletir sobre a criação coletiva de futuras versões dos códigos. O convidado para falar sobre o assunto é o professor aposentado do Departamento de Medicina Preventiva e Social, Itamar Tatuhy Sardinha Pinto, que é colaborador voluntário do Cememor.

Ele conta que o código passou por várias mudanças ao longo dos anos. Uma delas, foi nas orientações sobre como o médico deve aconselhar os pacientes no uso de métodos anticoncepcionais. “Esses métodos eram condenados nos códigos brasileiros de Ética Médica, até o Código de 1965. Com o Código de 1988: passa a ser dever do médico informar e proporcionar o acesso aos anticoncepcionais.”, explica o professor.

De acordo com Itamar, é importante que se tenha uma percepção histórica sobre os códigos de conduta. “Isso é importante para que se compreender que ser fiel à medicina  não é ficar fixado num passado cristalizado”, conclui.

Trajetória

As mudanças nos códigos de ética médica foram vivenciadas por Itamar Sardinha desde o início de sua formação. De 1969 a 1973, o professor teve como referência o Código de Ética Médica do Conselho Federal de Medicina (CFM), de 1965. Já no período de atuação profissional, ele acompanhou as mudanças que formaram o Código de Ética de 1988.

A disciplina

O Centro de Memória da Faculdade de Medicina da UFMG (Cememor) oferece a disciplina História da Medicina, em que são discutidos temas como nascimento da ciência moderna e o desenvolvimento do método científico, a ciência contemporânea e seus desafios, a pesquisa e a discussão sobre novas fontes de história, por professores convidados.

A disciplina é ofertada como optativa e de formação livre dentro do sistema da UFMG, mas a participação é aberta para qualquer pessoa, sem necessidade de inscrição prévia.