Nupad atende cadastrados no mutirão “Direito de ter Pai”
18 de outubro de 2013
Até as 18h de hoje, 18 de outubro, a sede da Defensoria Pública de Minas Gerais, em Belo Horizonte, espera receber cerca de 1,8 mil homens, mulheres e crianças que se cadastraram para o mutirão “Direito de ter pai”. A ação, que realiza exames de DNA, pela segunda vez na capital, acontece simultaneamente em outros 25 municípios de Minas Gerais.
De acordo com a defensora pública geral do Estado, Andréa Garzon, o mutirão é uma ação extra-judicial que busca desafogar o poder judiciário, economizar dinheiro dos cofres públicos e promover encontro com a possibilidade de estabelecer um vínculo familiar entre os participantes.
A participação é voluntária: pais, mães e outros parentes cadastraram-se para o mutirão, onde têm a possibilidade da realização do exame e mudança do registro do filho, caso haja acordo, evitando a formalização de uma ação judicial. “Cada ação custa cerca de 3 mil reais ao estado. Além de ser um processo a menos, promovemos um ambiente mais leve do que o judiciário, propício à criação e fortalecimento dos vínculos entre as pessoas”, explica a defensora.
O Laboratório de Genética e Biologia Molecular do Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico da Faculdade de Medicina da UFMG (Nupad) é o responsável pela realização dos exames. A coleta do material é realizada em papel filtro, o mesmo utilizado para a triagem neonatal (o teste do pezinho). As amostras de Belo Horizonte e dos outros municípios serão analisadas para emissão de laudos de inclusão ou exclusão de paternidade (positivo ou negativo).
Segundo o coordenador acadêmico do Nupad, professor Marcos Borato, a confiabilidade do teste é muito alta. “A chance de haver erro é praticamente zero. Desde 1997, quando passamos a realizar esse exame, nenhum laudo foi contestado”, afirma. O laboratório, referência na área, domina técnicas internacionais padrão ouro para análise e comparação de marcadores de DNA presentes no filho e herdadas da mãe e do pai.