Nupad é destaque em simpósio sobre doença falciforme


11 de outubro de 2011


Pesquisas sobre doença falciforme e resultados obtidos pelo Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico (Nupad) da Faculdade de Medicina da UFMG serão apresentados no VI Simpósio Brasileiro de Doença Falciforme, evento bianual que será realizado entre os dias 18 e 20 de outubro de 2011, em Fortaleza, no Ceará, com o apoio do Nupad. A última edição, em 2009, ocorreu em Belo Horizonte e reuniu mais de 900 participantes do Brasil e de outros 23 países no Minascentro.

Desta vez, mais de 20 pôsteres serão levados pela delegação formada por cerca de 30 integrantes do Nupad. Uma das pesquisas apresentadas, apontada pelo diretor técnico-científico, professor Marcos Borato Viana, identificou uma prevalência de 25% da parvovirose, que leva a uma espécie de paralisação temporária da medula óssea, num grupo de 300 crianças portadoras de doença falciforme. O problema leva à redução da quantidade de hemoglobina, afetando os glóbulos vermelhos do sangue, que já têm vida reduzida nos portadores da falciforme. A pesquisa está em andamento no programa de pós-graduação em Saúde da Criança e do Adolescente. “O Brasil não tem nenhum estudo sobre isso”, destaca Borato.

Capacitação

O Nupad também levará uma espécie de balanço do trabalho desenvolvido pelo núcleo, a exemplo dos cursos a distância oferecidos para profissionais da saúde em parceria com o Centro de Educação e Apoio para Hemoglobinopatias (Cehmob). De junho a dezembro de 2010, 152 profissionais de 30 municípios passaram pelo treinamento. Como ressalta Borato, em apenas seis meses a capacitação profissional abrangeu um universo de 1740 pacientes, dos cerca de 6 mil casos registrados da doença em Minas Gerais.

Já o Call Center, central de atendimentos telefônicos, atendeu a 2427 chamados nos últimos dois anos, dois quais 67% eram de familiares dos portadores, 24% de profissionais da saúde e o restante dos próprios pacientes, de estudantes, dentre outros. Para se ter uma ideia, 506 atendimentos foram para discussão de casos clínicos, o que, na avaliação de Borato, revela que o Nupad tem papel determinante para ajudar os profissionais na conduta com a doença. “No Brasil, o Nupad é considerado modelo no controle e no tratamento da doença falciforme”, afirma.

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