Oficinas do 13º Festival de Verão UFMG estão com inscrições abertas
25 de janeiro de 2019
Atividades que envolvem dança, quadrinhos, arte com retroprojetor, teatro negro e cuidados com o corpo da mulher serão oferecidas a preços populares, entre R$ 10 e R$ 30

Com o tema Desaplanando Horizontes e a partir do estímulo de múltiplos pontos de vista e vivências, o 13º Festival de Verão UFMG acontece de 11 a 14 de fevereiro na região centro-sul de Belo Horizonte. As inscrições vão até 10 de fevereiro para 13 oficinas pelo site do Festival. Nos dias 11 e 12 de fevereiro, caso ainda haja vagas, interessados poderão se inscrever presencialmente na secretaria do Festival, situada no Conservatório UFMG. Todas as oficinas são oferecidas a preços populares, entre R$ 10 e R$ 30, e são abertas ao público.
O tema do Festival – Desaplanando Horizontes – faz alusão ao trabalho do acadêmico Nick Sousanis, primeira pessoa na Universidade de Columbia a produzir uma tese de doutorado no inusitado formato de quadrinhos. O Festival de Verão traz para suas oficinas uma diversidade caleidoscópica de temas e formas criativas de experimentar o mundo.
Além de oficinas e debates, o Festival abarca uma série de eventos culturais, incluindo uma inusitada roda de capoeira, cenas teatrais e encerramento com a banda Tutu com Tacacá! e o Bloco da Fofoca. Confira a programação completa em www.ufmg.br/festivaldeverao.
Oficinas
Inspirada pela linha norteadora do Festival, a oficina Todo Mundo Consegue Fazer Quadrinhos vai além do ensino de técnicas inerentes ao universo das HQs. Ministrada por Daniel Leal Werneck, professor de Cinema e Animação da UFMG, a oficina se destina, inclusive, a quem “não sabe desenhar bem”. Em dois dias de curso, os alunos vão explorar princípios básicos do design de personagens e técnicas narrativas usadas não só em quadrinhos, mas em storyboards para cinema, televisão, publicidade e até videogames.
A oficina Mulheres, corpo e autonomia irá propiciar maior familiaridade e conforto das mulheres com processos naturais de seu corpo e sua inter-relação com a sociedade, gerando mais saúde e autonomia. A ideia é criar um espaço de diálogo e troca de experiências entre mulheres sobre vivências com seus corpos, abordando temas como conhecimento básico anatômico, ciclos hormonais e suas manifestações físicas e psíquicas.
Já o especialista em pedagogia Waldorf (metodologia de ensino que estimula a arte e o contato com a natureza desde os primeiros anos da vida escolar), Carlos Solano ministrará a oficina Casa Natural: a arte do cuidado na cultura popular. A oficina se fundamenta em um receituário de práticas naturais e sustentáveis para as cinco casas do ser: corpo, vestuário, morada, cidade e planeta. O professor vai ensinar, por exemplo, como fabricar um detergente não poluente, usando vinagre e limão. Os alunos também aprenderão a produzir, entre outras coisas, essências com água e flores para perfumar e “abençoar” a casa. Além de vivências como essas, haverá espaço para conversas e instruções sobre propriedades de plantas e ervas medicinais.

Debates
Além das oficinas, o 13º Festival de Verão UFMG convida para três debates gratuitos ao público e que vão abordar problemáticas contemporâneas urgentes. Em um diálogo interseccional sobre gênero e políticas habitacionais, Leonardo Péricles, integrante da Coordenação Nacional do Movimento de Luta nos Bairros e Favelas (MBL), e a feminista-ativista Cristina Tolentino, do Movimento de Mulheres Olga Benário, irão apresentar um retrato da luta por moradia digna no Brasil e na capital mineira, diretamente atrelado ao protagonismo das mulheres dentro das ocupações urbanas.
Em uma perspectiva de empatia e acolhimento, o acadêmico da República do Congo Felix Ulombe Kaputu, doutor em Estudos Interdisciplinares, em Antropologia e em Literatura Inglesa Comparada, apresenta a palestra O Refugiado, Este Outro. Como pesquisador residente da UFMG, Kaputu parte de um olhar multifacetado sobre as vidas, necessidades e sonhos particulares de pessoas forçadas a deixar sua terra Natal e, de repente, serem obrigadas a recomeçar a vida longe de casa.
No debate Transvivência: Diálogos Sobre o Direito à Diferença na Universidade o filósofo Paulo Henrique de Queiroz Nogueira, professor adjunto da Faculdade de Educação (FaE), parte de sua pesquisa A presença de pessoas trans na UFMG: perspectivas interpessoais e institucionais para problematizar questões como acesso a educação e invisibilidade de pessoas trans. Ele estará acompanhado da servidora pública federal da UFMG, Samara Gabi Pimenta, que propõe uma reflexão sobre políticas que facilitem a transição de gênero no ambiente profissional.
Redação: Assessoria de Comunicação da Diretoria de Ação Cultural da UFMG