Osce tem participação de alunos de Teatro


18 de junho de 2014


Alunos do curso de Medicina da UFMG realizaram, entre os dias 10 e 13 de junho, a Avaliação Objetiva e Estruturada de Desempenho Clinico (Osce) deste trimestre. Aplicada aos alunos do 10º ao 12º períodos, após a realização dos respectivos internatos – em Traumatologia, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Clínica Médica e Cirurgia – o teste contou com algumas novidades em relação às edições anteriores.

O objetivo da Osce é simular um atendimento médico real e avaliar o desempenho prático dos alunos. Nas avaliações anteriores, houve a participação de voluntários simulando pacientes. Nesta, pela primeira vez, alunos de Teatro da Escola de Belas Artes da UFMG (EBA) também fizeram esse papel.

Para a professora do Departamento de Medicina Preventiva e Social, Eliane Dias Gontijo, coordenadora da Osce, a improvisação característica do teatro contribuiu muito para as atividades. “Tive a oportunidade de acompanhar os atores, eles são mais convincentes. E puderam, também, avaliar o atendimento do aluno, já que uma das questões trabalhadas era a orientação e a relação médico-paciente”, conta.

Estudantes  aguardam para participar da Osce no Instituto Jenny Faria (arquivo/março 2014). Foto: Bruna Carvalho.

Estudantes aguardam para participar da Osce no Instituto Jenny Faria (arquivo/março 2014). Foto: Bruna Carvalho.

A professora ressalta que a novidade beneficiou ambos os cursos: atores praticaram a atuação, e os futuros médicos tiveram pacientes mais realistas. “Esse foi um piloto, mas eu espero que possamos formalizar esse recurso. É importante a integração entre as faculdades”, disse.

Lourival Reis Junior, aluno da EBA que atuou no exame, concorda que a experiência foi positiva. “Tive retorno dos professores. Alguns alunos também me procuraram depois e disseram que parecia que eu estava realmente passando mal”, conta.

Nesta edição da Osce, houve também a criação de uma nova estação – nome dado a cada consultório simulado. Além das ambientações anteriores, como para avaliação de exames e avaliação clínica, os alunos participaram da avaliação de um caso no computador.

Após as provas, como de costume, os estudantes receberam um retorno dos erros cometidos, a chamada “devolutiva”. “Esse retorno é fundamental, para que o estudante conheça seus erros, e possamos trabalhar as deficiências, inclusive com ajustes no processo de ensino”, explica Eliane Gontijo.