Pais da comunidade acadêmica refletem sobre os desafios e aprendizados da paternidade

MedCine especial de dia dos pais abre espaço para reflexões e troca de experiências.


10 de agosto de 2022 - , , ,


Da esquerda para direita: professor André Cabral, estudante Marcos Souza, professor Helian Nunes, funcionário Maxwell Souza e servidor Sérgio Correia. Foto: Faculdade de Medicina da UFMG.

A Diretoria da Faculdade de Medicina da UFMG promoveu, nesta quarta-feira, 10 de agosto, uma roda de conversa sobre os diversos aspectos da paternidade, em que os pais da comunidade acadêmica puderam debater sobre seus desafios e aprendizados. O evento teve apoio do projeto MedCine, que exibiu dois curtas-metragens acerca da temática. 

As professoras Alamanda Kfoury, diretora da Faculdade de Medicina, e Cristina Alvim, vice-diretora, abriram o evento e pronunciaram a importância de momentos como esse para o fortalecimento da instituição, dando espaço para que funcionários e discentes conversem sobre suas experiências. Em seguida, a fim fomentar o debate, o projeto MedCine realizou a exibição das animações Alike, de Daniel Martinez e Rafa Mêndez, e Hair Love, de Matthew Cherry, que abordam alguns desafios da paternidade. 

Ao fim da exibição, o professor Helian Nunes, do Departamento de Medicina Preventiva e Social (MPS), deu início à roda de conversa, que também teve participação do docente André Cabral, do Departamento de Clínica Médica (CLM); dos funcionários da Infraestrutura Sérgio Correia e Maxwell Souza; além do estudante de Medicina, Marcos Souza. 

Exibição de dois curtas marcou o evento. Foto: Faculdade de Medicina da UFMG.

O professor Helian Nunes destacou a impossibilidade de desvincular a paternidade da vida acadêmica. “O papel de pai nos acompanha em todos os momentos de nossa vida, não há uma ruptura entre a paternidade e a vida acadêmica. Por isso, um espaço para discutir essa questão na universidade é tão relevante”, disse. 

Na roda de conversa, o estudante Marcos Souza realçou os aprendizados que a paternidade lhe proporcionou. “A paternidade é uma experiência que pode trazer alguns desafios, mas os ensinamentos são muito maiores. Eu aprendo muito com meus filhos. Minha filha, por exemplo, me traz diversas reflexões sobre o feminismo, ela sempre me chama atenção para palavras machistas que eu utilizo e nem percebo”, destacou. 

Além disso, ao falar sobre o conteúdo das animações, o professor André Cabral também frisou seus aprendizados. “Como vimos no curta Alike, é relevante entendermos que não devemos impor nossos caminhos aos filhos, pois eles também têm muito a nos ensinar. A paternidade é um aprendizado diário,” afirmou. 

No decorrer da roda, os demais funcionários deram seus relatos sobre a paternidade. Ao fim do encontro, o espaço foi aberto para os participantes do evento e o estudante Felipe, do 5° período de Medicina, solicitou que os componentes da roda falassem sobre o impacto do machismo na paternidade. Então, o professor Helian Nunes refletiu: “Nós estamos passando por uma transição cultural em que a paternidade muda sua área de atuação. O pai não deve ser aquele que apenas ajuda, ele também deve ser um protagonista”. 

A roda de conversa marcou o início da exposição Nossos Pais, que reúne fotografias dos pais da comunidade acadêmica com seus filhos e ficará disponível no hall de entrada da Faculdade até o dia 19 de agosto.