Palestra aberta discute saúde da população indígena e medicina tradicional*


05 de outubro de 2018


*Atualizado em 8/10/2018, às 14h.

O Grupo de Estudos sobre Negritude e Interseccionalidade (Geni) promove, na próxima terça-feira, 9 de outubro, a palestra “Saúde da População Indígena: Desafios e Reflexões de uma prática médica conjunta na Amazônia (Medicina Tradicional Indígena e Medicina Científica Oficial)”. O evento acontece no auditório Rio Novo, sala 463 da Faculdade de Medicina da UFMG, das 18h30 às 22h.

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A palestra é aberta à participação de todos. O objetivo é discutir sobre a saúde indígena na Amazônia, com exemplos práticos e reflexões sobre o tipo de atuação de saúde que se deseja. Também será feita uma breve abordagem sobre o povo Kambeba e sua contribuição para o desenvolvimento econômico do país.

A palestra será proferida pela estudante do curso de Medicina na Faculdade e ativista do Movimento Indígena, Adana Omágua Kambeba. Ela irá discutir sobre povos indígenas, saúde indígena na Amazônia e como o Sistema Único de Saúde (SUS) atende à demanda das aldeias.

De acordo com a palestrante, o evento é uma maneira de compartilhar uma realidade que acontece na região amazônica. “É importante aproximar a realidade amazônica, a medicina indígena e a medicina científica oficial. Elas deveriam ter uma relação mais harmoniosa, não tão afastada uma da outra”, argumenta Adana.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas por meio do preenchimento de formulário online. Ao final, será realizado sorteio de alguns brindes amazônicos para a plateia.

Geni

O Grupo de Estudos sobre Negritude e Interseccionalidade foi formado por inciativa de alunos negros que estudam no campus Saúde da UFMG. O grupo realiza reuniões e eventos quinzenais e abertos à toda a comunidade interna e externa. O objetivo é abordar temas como saúde da população negra e as lacunas nas pesquisas, biografias e dados relativos à saúde dessa população.

“O indicadores de saúde da população negra são diferentes, mas não há uma biografia e nem pesquisas sobre eles. Por isso, resolvemos formar um grupo, para preencher essas lacunas. Os povos africanos também tiveram contribuições importantes para a medicina, mas o diálogo com a medicina tradicional não é feito”, observa a estudante do 9º período do curso de medicina e integrante do grupo, Mariana Augusta de Jesus.

O Geni também realiza reuniões fechadas, que objetivam o fortalecimento do grupo. Para acompanhar a programação do Geni e saber mais sobre o grupo, acesse o instagram (@geniufma), o facebook ou entre em contato por email  geni.ufmg@gmail.com.

Desafios para a saúde da população indígena

Em reportagem produzida pela TV UFMG, professora e estudante da Escola de Enfermagem da UFMG falam sobre a luta dos povos indígenas pela conquista de serviços públicos de qualidade e que respeitem a cultura da população.

Ficha técnica 

Entrevistados: Otávio Costa (estudante de Enfermagem da UFMG – etnia Kaxixó) e Livia de Errico (professora de Enfermagem da UFMG)

Produção e reportagem: Vitória Brunini

Imagens: Antônio Soares, Ravik Gomes, Cedoc TV UFMG e Ministério da Saúde

Edição de conteúdo: Olívia Resende Edição de imagens: Otávio Zonatto