Palestra debate quem são as mulheres do Brasil e as políticas públicas para elas
23 de fevereiro de 2018
No próximo 8 de março, quando é celebrado o Dia Internacional da Mulher, a Faculdade de Medicina da UFMG promove a palestra “Quem são as Mulheres do Brasil e as Políticas Públicas”, às 18h, no Salão Nobre da Instituição. A participação é obrigatória aos alunos do 8º período do curso de Medicina e aberta a comunidade acadêmica e demais interessados.
Segundo a organizadora do evento e professora Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade, Patrícia Teixeira, o objetivo é levar o conhecimento sobre as mulheres, suas necessidades e saber o que já existe de políticas públicas. “A partir do conhecimento da população é que podemos propor intervenções e buscar estratégias efetivas. Sabemos que as mulheres adquiriram grandes conquistas e direitos políticos no decorrer da história. Esse evento é uma oportunidade de dar visibilidade ao tema”, argumenta a professora.
Dentro da programação, será apresentado o levantamento demográfico e epidemiológico atual, como a distribuição de mulheres no território nacional, idade, trabalho, renda, morbidade, mortalidade, dados da violência e expectativa de vida. A professora do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia, Sara de Pinho Cunha Paiva, é uma das palestrantes convidadas e irá abordar a demografia das mulheres no Brasil, mostrar o que vem sendo feito para as vítimas de violência, além do atendimento específicos da área. Sara atua na Atenção Primária à Mulher, coordena o Serviço de Violência Sexual do Hospital das Clínicas da UFMG e participa do projeto Para elas: por elas, por eles, por nós.
Já o professor do Departamento de Medicina Preventiva e Social, Ulysses de Barros Panisset, irá apresentar as políticas públicas para as mulheres no Brasil e mostrar o que a Organização Mundial de Saúde (OMS) tem de novo para elas. Panisset é médico sanitarista, atuou na promoção de políticas de saúde e como consultor do Plano Regional para Investimentos no Meio Ambiente e na Saúde (PIAS), além de ser membro do Comitê Técnico-Científico de Pesquisa em Saúde Sexual e Reprodutiva da OMS.
Patrícia ainda destaca a importância da participação dos alunos de medicina, que atuam na Atenção Básica e pública, e precisam estar cientes dos processos das quais as mulheres passaram nos últimos anos. “A luta é antiga e muito já foi feito. Esses conhecimentos devem ser repassados pelo aluno durante a sua atuação no campo de trabalho. O estudante é um grande questionador e é questionado que se inova”, pontua. “No oitavo período, ocorre a saída do aluno para outro cenário de atuação, onde vivem as mulheres e se veem maiores influências das políticas públicas nos domínios da Prefeitura Municipal. No internato rural, munido de conhecimentos médicos e políticos, o aluno terá melhores condições de atuação e questionamento”, completa.
O evento é realizado com a parceria entre as disciplinas “Atenção Primária a Saúde da Mulher”, coordenada pela professora Patrícia Teixeira, com a “Introdução à Atenção Básica a Saúde”, do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade.