Papel da Universidade e Saúde na contemporaneidade no 3º Congresso
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03 de setembro de 2014
3º Congresso Nacional de Saúde da Faculdade de Medicina da UFMG: Cenários da Saúde na Contemporaneidade foi aberto no princípio da noite de hoje, quarta-feira, 3, no Salão Nobre da Faculdade de Medicina da UFMG.
O objetivo de intensificar a participação de professores, técnicos e alunos da Faculdade de Medicina da UFMG na terceira edição do Congresso, buscando o sucesso conquistado nas anteriores, foi destacado pelo diretor da Faculdade de Medicina da UFMG e coordenador executivo do Congresso, professor Tarcizo Nunes, durante a abertura oficial do evento, pelo reitor da UFMG, professor Jaime Arturo Ramírez.
Tarcizo Nunes também falou sobre os oito eixos que compõem o Congresso e as expectativas para os três dias de discussão. “Os objetivos desse evento são, principalmente, discutir temas relacionados ao papel desta instituição: ensino, pesquisa e extensão; discutir temas importantes para a comunidade; divulgar as atividades da Faculdade e agregar benefícios para a Faculdade de Medicina, como congregar pessoas, melhorar os espaços físicos e tecnológicos e estimular a criatividade”, avaliou.
“Acreditamos que os temas escolhidos neste Congresso são mais que oportunos. Em várias temáticas, temos a certeza de que só uma instituição pública, como é a UFMG, assumirá o papel de sugerir respostas e, em colaboração com o município, estado e governo federal, implementar políticas para diminuir as graves questões que afetam a área da Saúde no nosso país”, enalteceu o reitor Jaime Arturo Ramírez.
O presidente do 3º Congresso Nacional de Saúde e diretor da Faculdade de Medicina durante a gestão 2006-2014, Francisco José Penna, o secretário Municipal de Saúde de Belo Horizonte, Fabiano Geraldo Pimenta Júnior e o diretor de Desenvolvimento da Educação em Saúde, Vinícius Ximenes Muricy Rocha também discursaram durante a abertura.
Compuseram a mesa de honra da cerimônia a superintendente do Hospital das Clínicas da UFMG, Luciana de Gouvêa Viana; a vice-diretora da Escola de Enfermagem, Eliane Palhares; o professor emérito da UFMG, Cid Veloso; a vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Minas Gerais, Cláudia Navarro Carvalho Duarte; o presidente da Associação Médica de Minas Gerais, Lincoln Lopes Ferreira; o vice-presidente no exercício da presidência da Academia Mineira de Medicina, Cláudio Sales; e a representante da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, Adriane Mesquita Medeiros.
Conferência Magna
Após a cerimônia de abertura teve início a Conferência Magna, ministrada pelo psicanalista e médico psiquiatra, Jorge Forbes, membro da Associação Mundial de Psicanálise.
Com o tema “A medicina para além das evidências”, Forbes iniciou a conferência explicando que a medicina tem vivido na ideologia de que tudo pode ser detectado e provado empiricamente. “É o que se escuta, com frequência, quando se vai a uma consulta e o médico afirma: ‘Os seus exames mostram que…’. O problema é que os exames mostram coisas diferentes, para médicos diferentes, qualquer cliente já vivenciou isso. Considero importante notar que os avanços científicos não abolem a subjetividade e nem diminuem a responsabilidade do médico, todo o contrário”, explicou.
Ainda segundo Forbes, “o mundo mudou” e, atualmente, há mudanças tanto no nascimento, quanto na morte. Forbes exemplificou contando que, atualmente, os pais podem escolher os embriões que resultarão nas características dos filhos e que a expectativa de vida das pessoas aumentou significativamente. “Nós estamos vivendo mudanças na nossa velhice, na nossa morte. A tecnologia hoje nos favorece viver muito mais do que nós queremos. Nós estamos mantendo o corpo por mais tempo e o cérebro não está acompanhando o tempo do nosso corpo”, contou.
Forbes descreve ainda a situação da Saúde na contemporaneidade, tema principal do 3º Congresso de Saúde. “Um dos aspectos principais da contemporaneidade é a falta de padrões de comportamento. Saímos de uma sociedade disciplinada, vertical, e estamos em uma sociedade horizontal, múltipla, em rede, de comportamentos flexíveis. A psicanálise pode ser importante aos médicos que terão que se defrontar, cada vez mais, com demandas singulares de seus pacientes, além dos protocolos”, conclui.
A apresentação foi feita pelo diretor da mesa e professor do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG, João Gabriel Marques e pelo secretário da mesa e membro do Diretório Acadêmico Alfredo Balena, Teruã Borges de Oliveira.
3º Congresso
A programação do 3º Congresso Nacional da Saúde da Faculdade de Medicina da UFMG reúne sete conferências, mais de 10 palestras e 40 mesas-redondas em torno do tema “Cenários da Saúde na Contemporaneidade”.
O Congresso vai até 5 de setembro, com atividades de 8h às 18h, diariamente, divididas em oito eixos temáticos. O Congresso conta ainda com programação cultural, com exibição de filmes, exposições, lançamento de livros e apresentações ao longo da programação.
A Secretaria executiva do 3º Congresso Nacional da Faculdade de Medicina da UFMG atende na sala Oswaldo Costa, 21, térreo da Unidade.
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Mais informações: 3409 9105 ou 3409 8055, ou ainda pelo e-mail 3congresso@medicina.ufmg.br