Pesquisa busca entender impactos do isolamento entre casais

Com a implementação do isolamento social em março de 2020, em função da pandemia de covid-19, diversos aspectos da vida cotidiana foram afetados. Relações de trabalho, estudo, mobilidade, convívio social e familiares foram certamente impactadas. Agora, um grupo de pesquisadores do Programa de Pós Graduação em Medicina Molecular (PPGMM) da Faculdade de Medicina da UFMG voltou seu olhar para questionar de que forma a pandemia e o isolamento tem afetado os relacionamentos amorosos.

Para entender de que maneira as dinâmicas e especificidades dos relacionamentos foram alteradas, os pesquisadores elaboraram um questionário online e anônimo, que ficará disponível até 15 de setembro. Nele, voluntários podem detalhar mudanças ocorridas, avaliar diferentes aspectos de suas relações, observar táticas de resolução de conflitos e ajudar os pesquisadores a terem uma visão mais ampla das alterações ocorridas.

Os pesquisadores também buscam participações de pessoas solteiras, para o estabelecimento de bases de comparação. Portanto, aqueles que não se encontram num relacionamento, mas desejam contribuir, também podem preencher o questionário.

Para participar da pesquisa, basta responder o questionário anônimo através do link.

“A motivação veio da observação de um pico nos pedidos de divórcio em várias regiões do Brasil, além do aumento de relatos sobre a convivência durante a pandemia”, informa a pesquisadora e doutoranda de Medicina Molecular da Faculdade, Lorrayne Soares. De acordo com ela, estas mudanças podem estar ligadas ao isolamento social.

Com os dados recolhidos pelo questionário, os pesquisadores buscam comparar aspectos do bem-estar emocional entre pessoas que estão ou não em um relacionamento amoroso, buscando entender se, e de que forma, a pandemia e o isolamento podem estar associados à qualidade dos relacionamentos, a frequência de conflitos e a satisfação com os parceiros.

De acordo com Lorrayne, a pesquisa terá um próximo estágio após a análise das respostas do formulário. “Teremos uma segunda etapa, de follow-up, onde enviaremos um segundo questionário por e-mail para aqueles indivíduos que concordarem em participar”, afirma a pesquisadora.

A pesquisa é coordenada pela professora do Departamento de Pediatria da Instituição, Débora Marques. Além do PPGMM, a Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais também participa da pesquisa.

Para mais informações, acesse o perfil da pesquisa no Instagram.