Pesquisa que avalia saúde da população LGBTQI no Brasil busca participantes
O estudo da Faculdade de Medicina da UFMG e a UFRJ busca identificar os determinantes que impactam a população LGBTQI, visando melhorar o atendimento dos serviços de saúde. O questionário online pode ser preenchido até 19 de outubro.
16 de setembro de 2020
Para avaliar as condições de saúde da população LGBTQI e melhorar o acolhimento dessas pessoas nos serviços de saúde, foi desenvolvida a pesquisa “Inquérito Nacional de Saúde LGBTQI”, uma parceria da Faculdade de Medicina da UFMG e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O projeto busca a participação de pessoas a partir dos 18 anos, residentes no Brasil e que se considerem parte da população LGBTQI para preencher o questionário online até 19 de outubro.
O questionário pode ser preenchido anonimamente. São cerca de 15 minutos para preencher com as informações sociodemográficas, de sexualidade, violência e discriminação, além de condições e comportamentos em saúde, relacionados ou não à covid-19. Ao final, o participante tem um espaço de fala, caso deseje compartilhar alguma experiência não contemplada pelo questionário.
“Esperamos que nos resultados da pesquisa seja possível identificar os determinantes sociais que impactam diretamente a saúde da população LGBTQI, principalmente porque há uma escassez desses dados válidos coletados aqui no Brasil”, afirma Juliana Torres, coordenadora da pesquisa e professora do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Medicina da UFMG.“Com isso, poderíamos melhorar a atuação da Atenção Primária especialmente, porque é a que atua principalmente nos determinantes sociais da saúde da população descrita”, completa.
Após a conclusão e divulgação dos resultados, os dados do Inquérito Nacional serão comparados aos da pesquisa do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da UFMG (Cedeplar), feita em maio deste ano para avaliar a saúde da população LGBTQI em relação à covid-19. A coordenadora conta, ainda, que também serão realizadas oficinas em centros de saúde para divulgar os resultados e treinar os profissionais da saúde de acordo com os achados, como forma de melhorar o atendimento.
O questionário online está disponível em https://bit.ly/2RyNXLs.