Pesquisa sobre efeitos da quimioterapia no cérebro recruta voluntários; UFMG e Hermes Pardini são parceiras
29 de maio de 2025 - quimioterapia, Voluntários

A quimioterapia é um tratamento primordial para uma pessoa em tratamento de vários tipos de câncer. No entanto, esses pacientes podem enfrentar problemas com a memória, atenção e concentração durante ou após esse tratamento.
Essas alterações cognitivas, ou “chemobrain”, são estimadas de atingir até 75% dos pacientes durante ou após a quimioterapia. O fato é que o tempo de duração dessas manifestações é variável, podendo perdurar. Além disso, até o momento, suas causas e sequelas ainda não são totalmente conhecidas.
Uma nova pesquisa sobre efeitos da quimioterapia no cérebro está sendo iniciada na UFMG, em Belo Horizonte. A saber, os voluntários selecionados serão acompanhar desde o período antes, durante e após a quimioterapia.
A ideia é, principalmente, fazer avaliações periódicas do quadro clínico dessas pessoas para descobrir porque e como essas sequelas acontecem. Quem tem mais risco?
A partir dessa observação se espera poder identificar substâncias ou características biológicas que possam ser usadas como marcadores para indicar saúde, doença ou resposta a tratamentos.
Ademais, o psiquiatra e neurocientista Marco Aurélio Romano-Silva, coordenador da pesquisa, convida os pacientes que ainda vão iniciar a quimioterapia. Além disso, ele convida os profissionais de saúde da região metropolitana de Belo Horizonte a se unirem à iniciativa. “Gostaríamos de contar com o apoio dos colegas da saúde, médicos e não médicos, na divulgação e também no esclarecimento de seus pacientes sobre a importância deste estudo”, declara.
A pesquisa sobre efeitos da quimioterapia no cérebro que recruta voluntários
“Identificar o mecanismo desse processo vai permitir desenvolver novas ferramentas para tornar a qualidade de vida dos pacientes ainda melhor, cada vez mais humanizada”, esclarece o professor de Medicina.
O protocolo da pesquisa — um documento com orientações de como conduzir o estudo — , inclui testes e exames, inclusive de imagem, como o PET-CT, de corpo inteiro. Isto é, este exame de imagem combina a Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET) com a Tomografia Computadorizada (CT). Um laudo será emitido pela equipe do Centro de Tecnologia em Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da UFMG e disponibilizado ao seu médico. Também serão feitos exames de Ressonância Magnética (de 3 Tesla), pela equipe do Hermes Pardini.
Em outras palavras, serão usados equipamentos avançados e seguros, para uma avaliação meticulosa de possíveis alterações estruturais e funcionais no cérebro. Inclusive dos mecanismos de ativação e dos sinais de inflamação neurológica.
A Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), prestará apoio à divulgação da iniciativa entre os especialistas. Novos apoiadores estão sendo convidados, como os principais hospitais oncológicos da cidade e da região metropolitana de Belo Horizonte. Juntos será realizado esta pesquisa sobre os efeitos da quimioterapia no cérebro, e recruta voluntários: participe!
Quem pode participar:
- Adultos com idade entre 18 e 59 anos
- Com previsão de início do primeiro tratamento com quimioterapia
- Disponibilidade para avaliações presenciais em Belo Horizonte
Quem não pode participar:
- Pessoas que já fizeram quimioterapia
- Em tratamento ou com proposta de radioterapia
- Diagnóstico de câncer cerebral ou metástases no cérebro
- Diagnóstico de doenças neurológicas ou distúrbios cognitivos
PARA SABER MAIS E SE INSCREVER:
Pesquisa sobre efeitos da quimioterapia no cérebro recruta voluntários
E-mail: imagemolecular@gmail.com
WhatsApp: (31) 99723 4160
QUEM REALIZA?
NeuroTec-R
O INCT NeuroTec-R (neurotecr.ctmm.digital) é uma rede de pesquisa sobre o cérebro e o desenvolvimento responsável, sediada no Centro de Tecnologia em Medicina Molecular (CTMM) da Faculdade de Medicina da UFMG. O instituto reúne cientistas de diversas regiões do Brasil e do exterior, com financiamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), orientando-se pelo conceito de “pesquisa e inovação responsáveis”.
Hermes Pardini
Fundado em 1959, em Belo Horizonte, o Hermes Pardini se consolida como uma importante referência em medicina diagnóstica no Brasil. Dispondo de 67 unidades próprias e mais de 6 mil laboratórios parceiros, integra o Grupo Fleury e oferece a milhares de pacientes, em Minas Gerais e em São Paulo, ampla gama de exames laboratoriais e de imagem, além de medicina preventiva e de promoção da saúde, por meio de vacinas e de programas de orientação e conscientização da população.
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| Marcus Vinicius dos Santos Jornalista do Núcleo de Comunicação Pública da Ciência do CTMM/FM-UFMG | (31) 9 9131-9115 |
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