Planejamento ajuda a prevenir doenças na gravidez

Nova série de rádio destaca planejamento antes da gravidez, pré-natal e doenças comuns do período, como a pré-eclâmpsia e a diabetes gestacional.


17 de julho de 2015


Nova série de rádio destaca planejamento antes da gravidez, pré-natal e doenças comuns do período, como a pré-eclâmpsia e a diabetes gestacional

marca-saude-com-ciencia1Na gestação, o organismo da mulher passa por transformações físicas, psicológicas, hormonais, buscando nutrir e formar adequadamente seu bebê. Por isso, alguns cuidados com a saúde devem ser adotados para evitar doenças como a pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, anemia ferropriva e infecção urinária.

De acordo com a professora do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da UFMG, Eura Lage, o ideal é que a mulher procure um ginecologista e comece a planejar sua gestação com pelo menos seis meses de antecedência. Com um levantamento do estado de saúde da futura mamãe, será possível verificar, por exemplo, possíveis fatores de risco para as doenças citadas. “Se nas primeiras consultas forem identificados riscos para o desenvolvimento dessas doenças, a mulher terá um acompanhamento mais criterioso, com consultas mais frequentes”, explica Eura.

Mulheres obesas, por exemplo, estão mais propensas a desenvolverem a pré-eclâmpsia – hipertensão arterial associada à gravidez – e a diabetes gestacional. Desta forma, é importante que elas tomem algumas medidas prévias, como perder peso e trocar ou interromper o uso de medicamentos que possam prejudicar o desenvolvimento da criança.

Ilustração: Juliana Guimarães | ACS Medicina

Ilustração: Juliana Guimarães | ACS Medicina

A profissional lembra outra atitude fundamental a ser adotada pelas futuras gestantes: o uso precoce do ácido fólico, que ajuda a prevenir a má formação do tubo neural. “O tubo neural é formado no primeiro mês da gestação. Ele se desenvolve e dá origem ao cérebro e à medula espinhal. Sem o ácido fólico, o tubo neural pode não se fechar completamente e causar alterações como anencefalia ou espinha bífida, que é a exposição da medula espinhal”, esclarece.

É recomendado que a mulher faça o reforço de ácido fólico pelo menos três meses antes de engravidar e nos primeiros meses da gestação. Logo, ela deve começar o pré-natal – período que antecede o nascimento do bebê –, assim que receber a notícia. Isso também contribui para diagnosticar precocemente qualquer problema, que pode ser controlado com atividades físicas regulares e uma boa alimentação.

Dicas de alimentação

Os benefícios de uma alimentação equilibrada são diversos para qualquer pessoa, mas a gestante deve ter um cuidado ainda maior. Isso vai favorecer o controle de peso e garantir os nutrientes necessários para a formação do feto. “Ela deve se alimentar a cada duas ou três horas, evitando refeições grandes e alimentos gordurosos, uma carne mal passada. O ideal é ingerir alimentos à base de ferro, muitas proteínas, frutas, verduras e legumes”, ressalta Eura Lage.

O também professor do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia, Gabriel Osanan, aponta outro agravante para o excesso de peso: o bebê crescer mais do que o indicado, prejudicando sua saúde e trazendo complicações para o parto. “A mulher grávida tem que ter em mente que ela não precisa ‘comer pra dois’. Ela ‘comer pra um’ é suficiente, desde que esteja numa faixa de peso adequada – nem pra mais nem pra menos”, resume.

Para entender a pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, anemia ferropriva e infecção urinária em gestantes, não perca o próximo Saúde com Ciência.

Leia também: Pré-natal é fundamental para um gestação saudável

Sobre o programa de rádio

O Saúde com Ciência é produzido pela Assessoria de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG e tem a proposta de informar e tirar dúvidas da população sobre temas da saúde. De segunda a sexta-feira, às 5h, 8h e 18h, ouça o programa na rádio UFMG Educativa, 104,5 FM.

Ele também é veiculado em outras 131 emissoras de rádio, que estão inseridas nas macrorregiões de Minas Gerais e nos seguintes estados: Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Tocantins e Massachusetts, nos Estados Unidos.