Pobreza menstrual afasta jovens da escola

Em reportagem, TV UFMG aborda o tema sob a perspectiva da saúde pública e do direito


01 de fevereiro de 2022 - , , , , , , , , , ,


Foto: Pixabay

Mais de quatro milhões de pessoas em idade escolar frequentam as aulas sem estrutura adequada para a higiene menstrual no colégio. E mais de 700 mil não têm banheiro em casa. Os dados, que constam do relatório Pobreza menstrual no Brasil: desigualdade e violações de direitos, produzido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), revelam uma realidade perversa: muitas jovens em situação de vulnerabilidade econômica deixam de ir à escola. No Brasil, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), uma entre quatro estudantes abandonou a escola por não dispor de recursos para adquirir absorventes.

O ciclo menstrual é um processo natural do organismo, mas o tema ainda é cercado de desinformação e marcado pela carência de estrutura adequada, enquadrando-se como mais um problema de saúde pública. Para o combate à pobreza menstrual, diversas propostas já foram encaminhadas ao Congresso Nacional. Em outubro de 2021, uma delas foi aprovada no Senado (Projeto de Lei nº 4968/2019), mas sofreu vetos do poder executivo federal, que inviabilizam a distribuição gratuita de absorventes para pessoas em situação de vulnerabilidade econômica.

Em vídeo sobre o assunto, a TV UFMG ouviu a professora Sara de Pinho Paiva, do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da UFMG, Bruna Camilo, uma das coordenadoras do Projeto Diverso – Núcleo Jurídico de Diversidade Sexual e de Gênero da UFMG, e Sophia Vieira, estudante de Biblioteconomia da Universidade e coordenadora de comunicação do Projeto Flores de Resistência, que atua na distribuição de kits de higiene menstrual na região do Barreiro, em Belo Horizonte.


Equipe TV UFMG: Bruna Gomes (produção), Otávio Zonatto (edição de imagens) e Renata Valentim (edição de conteúdo)